Balanço do Mercado da Pecuária de Corte: Hora boa para vender!
A Rural Centro apresenta toda segunda-feira um balanço geral sobre as principais informações do setor na última semana, com comentários de especialistas a respeito dos temas destacados.
A ideia é que o produtor encontre em apenas uma página tudo o que é importante para o desenvolvimento do seu negócio e as principais notícias dos últimos dias.
PREÇO FÍSICO
Na semana passada, o foco do balanço pecuário foi o Estado de Mato Grosso. Hoje as atenções estão no Estado de São Paulo, praça que é referência para a cadeia produtiva. No interior, o preço do boi gordo apresentou nesta última segunda-feira o patamar de R$ 105,5/@ a prazo (30 dias), valor que se aproxima da marca histórica do ano passado (R$ 115/@), 0,5% acima da cotação do dia anterior e aproximadamente 4% a mais que no início do mês, quando a arroba do boi gordo nesta praça produtora anotava R$ 101,5/@.
Maurício Palma Nogueira, consultor de mercado da Bigma, explica que esta trajetória positiva é reflexo direto da redução no oferta do boi de confinamento nos últimos dias. Além disso, o preço da carne bovina apresentou forte aumento. Diante da necessidade de suprir a demanda cada vez mais aquecida os frigoríficos não tiveram outro caminho a não ser aumentar as propostas de preços.
DICA AOS PRODUTORES
A dica de Nogueira é a seguinte: Quem tem boi pronto, está na hora de negociar. Os preços podem subir ainda mais daqui pra frente, mas o produtor deve ficar atento e não perder uma boa oportunidade de negociação.
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CUSTO DE PRODUÇÃO
Na semana passada vimos que o poder de compra da vacina da aftosa do produtor de gado gordo caiu consideravelmente nos últimos anos.
Agora, a análise é do poder aquisitivo de compra do bezerro do produtor paulista. Atualmente, o criador desta praça consegue comprar 2,24 bezerros de até 12 meses na venda de cada boi gordo de 17 arrobas, considerando o boi gordo negociado a uma média de R$ 105,5@ e o bovino de reposição a R$ 800/unidade.
Esta relação de troca é 10% menor que a vista no mesmo período do ano passado, quando era possível adquirir 2,48 bezerros por boi gordo vendido, sendo que naquele ano, o produtor local negociada o boi gordo na faixa dos 114 reais por arroba, enquanto o bezerro estava avaliado a R$ 780 unidade.
Hoje o produtor consegue comprar mais bezerros que em 2009, quando no dia 11 de novembro a relação de troca entre ambas categorias era de 1,9 bezerro e também a mais que em 2008, quando a relação de troca era de 1,7 bezerro.
EXPORTAÇÃO
As últimas informações disponibilizadas pela Secex (Secretaria de Comércio Exterior) mostram que em outubro deste ano, as exportações brasileiras de carne bovina in natura somaram 74,7 mil toneladas líquidas, rendendo às empresas exportadoras uma receita de 393,4 milhões de dólares.
Resultado muito próximo ao total visto no mês anterior, quando foram enviadas ao exterior 74,2 mil toneladas de carne bovina in natura, sendo que naquele período o faturamento alcançou 277,7 milhões de dólares.
Já em relação ao mesmo período do ano passado, os números de outubro não foram bons, uma vez que as vendas externas daquela época somaram 76,4 mil toneladas líquidas, resultando em uma receita de 293,3 milhões de dólares.
Evidentemente, as exportações ainda sofrem os efeitos do embargo russo, explica Daniel Latorraca. Na praça mato-grossense as vendas para aquele país ainda não foram liberadas e quem anda segurando o mercado ainda é o Oriente Médio, em especial o Irã e também a Venezuela.
REBANHO BOVINO
As últimas informações do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) mostram que em 2010, o rebanho bovino em São Paulo totalizou 11,2 milhões de unidades, anotando participação de 5,3% em relação ao cenário nacional, de 209,5 milhões de animais.
Em 2009, o rebanho paulista também somou 11,197 milhões e em 2008 de 11,185 milhões de unidades.
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