Brasil suspende compra de carne in natura e animais vivos do Paraguai como prevenção contra aftosa
21 Sep 2011
O governo brasileiro suspendeu hoje (20) a importação de carne in natura e animais vivos do Paraguai, depois que o país vizinho identificou um foco de febre aftosa. Desde ontem (19), autoridades sanitárias o governo reforçaram a fiscalização nas fronteira com o Paraguai para tentar impedir a entrada da doença em território brasileiro.
De acordo com o Ministério da Agricultura, estão temporariamente suspensas as compras de animais vivos e produtos in natura provenientes do Paraguai. A categoria de processados não sofreu restrições.
A medida vai afetar principalmente a importação de carne bovina e suína, os dois principais tipos que o Brasil mais importa do país vizinho. Até julho deste ano, o Brasil comprou 5,5 mil toneladas do Paraguai, num total de US$ 29,1 milhões. Em 2010, as importações de carne bovina somaram 6,7 mil toneladas, totalizando US$ 34,6 milhões.
“O Ministério da Agricultura acompanha com atenção a aplicação, pelas autoridades paraguaias, das medidas para o controle, erradicação e investigação do caso. Com o objetivo de contribuir para a erradicação da febre aftosa no continente, as autoridades brasileiras colocaram-se à disposição do governo paraguaio a fim de colaborar tecnicamente e ajudar na execução das medidas a serem desenvolvidas para erradicação dos focos”, informou o ministério, por meio de nota.
O foco de febre aftosa foi registrado no departamento de San Pedro, em uma localidade denominada Sargento Loma, a 235 quilômetros de Guaíra, no Paraná, e a 126 quilômetros da fronteira com Mato Grosso do Sul. Os dois estados estão sob alerta e tomando medidas emergenciais para tentar a evitar a circulação da doença. Em Santa Catarina, o governo estadual decretou estado de emergência sanitária e também definiu um plano de ação para reforçar vigilância na fronteira.
A Argentina e o Uruguai também suspenderam as importações de carne paraguaia. O governo argentino decidiu antecipar a vacinação do rebanho contra febre aftosa em províncias próximas à fronteira com o Paraguai.
Fonte: Agência Brasil