24 Jul 2012

Em pleno julho a saca da oleaginosa atingiu a média de R$ 68,92 e a do cereal, R$ 20,35. Os valores nas alturas devem-se às quebras na produção nos Estados Unidos em decorrência do clima seco. Hoje, no Estado quase não há mais soja e o milho já se cogita faltar no final do ano. Entidades produtivas ainda na primeira semana de agosto revelam partir a Brasília (DF) para solicitar que o governo federal adquira ao menos 2 milhões de toneladas de milho para estoques regulatórios.

Segundo o presidente da Famato, Rui Prado, a quebra na produção nos Estados Unidos fez os preços ficarem mais remuneradores, o que tem levado as vendas para fora crescerem. “Hoje, já não temos mais soja praticamente e corremos o risco de não ter milho ao final do ano para a ração animal. Assim que o governo federal voltar do recesso iremos pedir que compre 2 milhões de toneladas para os estoques regulatórios. Se ficarmos sem milho corremos o risco de ver uma suinocultura quebrar de vez e termos de recomprar esse milho exportado”. Atualmente, os estoques de milho da Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) estão em 600 mil toneladas.

O produtor de Sinop e 2º diretor financeiro da Aprosoja- MT, Antônio Galvan, os produtores de soja já não aproveitam esses preços acima de R$ 70. “É loucura esses preços, nunca vi isso. São poucos os produtores de soja aproveitando os preços atuais, pois não tem o grão. Em Sinop, a grande maioria vendeu a R$ 50 em média. Os preços vividos ao mesmo tempo que possibilitam o aumento da área elevam o custo de produção”, salienta.

Para o economista Adriano Figueiredo, os preços devem seguir aquecidos, pois mesmo com as crises econômicas a demanda por alimentos é grande no mundo. “Só cairá drasticamente se a produção nos países concorrentes do Brasil aumentarem suas produções”.

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Fonte: Midia News



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