Os produtores de milho podem até pedir mais sucesso para 2012, mas que 2011 foi um ano bom, foi!

Os produtores conseguiram se organizar e exemplo disto é que praças produtoras, como Estado do Mato Grosso, já comercializaram 50% da safra 2011/12.

Com isso, a crise internacional pode até ter assustado um pouco neste segundo semestre, mas como a maioria dos especialistas consultados pela Rural Centro nos últimos meses afirmou: os efeitos seriam poucos e não durariam muito tempo.

Em 2011, o mercado brasileiro de milho se firmou como terceiro maior produtor do mundo, atrás dos Estados Unidos que direcionam boa parte da produção ao biocombustível e atrás da China, que não produz o suficiente nem para o mercado interno. Ou seja, em termos de competitividade, estamos em primeiro lugar.

Além disso, o mercado interno está super aquecido e os preços em elevação.

O último balanço geral do mercado de milho deste ano aborda os resultados parciais das entidades mais importantes do agronegócio e traz a opinião de Otávio Celidônio, superintendente do Imea (Instituto Mato-grossense Economia Agropecuária).

O objetivo do balanço geral é mostrar em apenas uma página as principais informações e notícias apresentadas nos últimos dias e assim auxiliar o produtor nas negociações diárias.

OPINIÃO DO ESPECIALISTA
Otávio Celidônio do Imea afirma que no próximo ano o preço do milho no Estado de Mato Grosso, e no Brasil como um todo, dependerá da conjuntura mundial, uma vez que apenas uma pequena parte do grão permanece no mercado interno, devendo todo a produção ir ao mercado internacional.

Mas por causa do aumento da demanda, principalmente da China, as cotações devem manter o nível atual ou registrar elevação nos próximos dias.

Celidônio avalia que o produtor de milho neste ano adquiriu uma boa maturidade de negociação, sendo que já vendeu maior parte da 2011/12 e o aumento de produção previsto para a atual temporada não afetará os preços de forma significativa.

CONAB
As últimas informações da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) mostram que na primeira safra de milho, referente à temporada 2011/12, a produção deve atingir 39 milhões de toneladas, 8,6% a mais que na safra anterior, quando a produção somou quase 36 milhões de toneladas.

O Estado de Mato Grosso deve aumentar na atual temporada a produção em 77%, com total de 649 mil toneladas na 1ª safra. Lembrando que este Estado planta mais o grão na safrinha.

A área da 1ª safra de milho 2011/12 deve crescer 11%, ocupando 8,772 milhões de hectares. Minas Gerais responde por 14% desta área total, esperando cultivar em 1,228 milhão de hectares.

A produtividade de milho no Brasil na safra 2011/2012 deve ficar em 4.449 quilos por hectare, 2% a menos que em 2010/11, de 4.538 quilos por hectare.

Produtividade de milho 2010/11

Para o milho safrinha, os técnicos da entidade ainda não arriscaram alterar a área prevista, mantendo em 5,922 milhões de hectares. Já a produtividade deve atingir 3.595 quilos por hectare, 1,4% a menos que na safra anterior, de 3.645 quilos por hectare.

A produção deve alcançar 21,3 milhões de toneladas, 1,4% a menos que em 2010/11, lembrando que como o plantio do milho safrinha só inicia em janeiro, esses números devem sofrer alterações no próximo relatório.

USDA
O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) manteve a projeção de 61 milhões de toneladas de milho produzidas no Brasil no último relatório e continuamos no terceiro lugar como maiores produtores do grão, resultado que comprova a competitividade do mercado nacional no âmbito mundial.

Além disso, a entidade manteve a produção americana em 312,69 milhões de toneladas métricas, porém aumentou a estimativa da produção chinesa em quase 4%, prevendo agora 191,75 milhões de toneladas.

Atenção: O aumento da produção chinesa de milho continua não afetando o mercado brasileiro, que seguirá super demandado com o dragão asiático, uma vez que o USDA também aposta no aumento do consumo interno de milho em 2 milhões de toneladas, passando para 191 milhões/ton.

O USDA também aumentou a estimativa de produção de milho da União Europeia para 63,89 milhões de toneladas.

EXPORTAÇÃO
Segundo as últimas informações da Secex (Secretaria de Comércio Exterior), entre janeiro e novembro de 2011, foram embarcadas ao exterior 8,7 milhões de toneladas, volume que apesar de estar 2,5% abaixo das 8,9 milhões de toneladas negociadas no mesmo período do ano passado, supera em 32,5% as vendas externas de 2009, de 6,5 milhões de toneladas.

A receita das exportações de milho atingiu no intervalo citado 2,5 bilhões de dólares.

O Irã continua liderando o ranking de principais compradores de milho do Brasil, sendo que de janeiro a novembro os embarques para este país 1,748 milhão de toneladas contra 1,163 milhão de toneladas anotadas no mesmo período do ano passado.

A China comprou do Brasil, no período analisado, 21,1 mil toneladas líquidas de milho, contra 39,9 mil toneladas do mesmo período do ano passado e quase 11 mil toneladas registradas em 2009 – ano em que as negociações entre ambos os países iniciaram.

Mato Grosso continua sendo o principal negociador de milho com outros países, com total de 5,6 milhões de toneladas, contra 5,3 milhões de toneladas anotados em 2010 e 4 milhões de toneladas registrados em 2009.



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