Balanço do Mercado da Soja: Sobe a curva do gráfico do preço da soja
O sojicultor brasileiro se não tem motivos para comemorar os preços atuais, ao menos tem razão para ter esperanças, a linha do gráfico dos preços da commodity estão apontando para cima, uma tendência que pode ser mantida em um mercado tão demandado interna e externamente.
Este é o destaque do balanço do mercado da soja. A ideia é que o produtor encontre em apenas uma página tudo o que é importante para o desenvolvimento do seu negócio e as principais notícias dos últimos dias.
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Entre altas e quedas, o preço da soja no Brasil começa a firmar e elevar novamente, nesta última sexta-feira, a cotação à vista segundo os dados do Cepea (Centro de Estudos em Pesquisas e Economia Aplicada), a cotação à vista tinge R$ 48,04 a saca, 4,3% acima do mesmo período do ano passado, quando cada saca de soja foi vendida a uma média de R$ 46,04.
Apesar deste cenário positivo e da ascensão que pode ser percebida na linha do gráfico abaixo, ainda falta muito para a commodity alcançar as máximas vistas nos últimos doze meses.
Em meados de setembro, o sojicultor conseguia trabalhar com a saca do grão nos patamares de R$ 50/sc. Totalmente inverso aos números de abril, quando a soja foi vendida a R$ 43,2/sc.
Na BM&F Bovespa, o preço da soja finalizou esta segunda-feira com alta de 1% e o contrato mai/12 cotado a US$ 29,29/sc.
Na Bolsa de Chicago, preços também em alta, com avanços entre 14,75 e 15,25 cents de dólar, com o mais curto prazo operando a US$ 12,93/bushel.
Sojicultores do Mato Grosso do Sul não tiram os olhos do céu. A previsão é de chuvas rápidas e possibilidade de trovoadas. Os dados são do Inmet (Insituto Nacional de Meteorologia).
As informações apresentadas nesta última quinta-feira (9) pela Conab revelam que a área estimada para a safra 2011/12 de soja é de 24,8 mil hectares, 2,4% maior que a área verificada na safra anterior, de 24,2 milhões de hectares.
Mato Grosso deve destinar ao cultivo da oleaginosa 6,8 milhões de hectares, 6,3% acima do total visto na temporada 2010/11, de 6,4 milhões/hec.
Em segundo lugar neste ranking comparativo, ficou o Paraná, com área de 4,7 milhões de hectares, porém ao contrário do MT, o resultado previsto apresenta queda de cerca de 3% em relação a 2010/11, quando o cultivo atingiu 4,6 milhões de hectares.
O Rio Grande do Sul projeta 4,2 milhões de hectares, 2,8% a mais que na safra 2010/11 (4 milhões de hectares). GO deve plantar 2,6 milhões de hectares e MS deve cultivar na temporada citada 1,8 milhão de hectares.
No 5º relatório, o destaque, em termos de aumento de área, fica por conta do Piauí que deve plantar a soja em 438,8 mil hectares, 14% a mais que na safra anterior, de 383,6 mil hectares.
A produtividade média da soja no Brasil na atual safra está estimada em 2.795 quilos por hectare, 10,3% a menos da temporada anterior, quando era possível colher 3.115 quilos de soja em cada hectare plantado. Este redução está associada diretamente ao Rio Grande do Sul que viu entre as duas temporadas a produtividade cair quase 31%, estimando agora colher apenas 1.970 quilos da matéria-prima em cada hectare, graças à estiagem prolongada que não dá descanso ao setor.
A produção do país deve, portanto, atingir na temporada 2011/12 69,2 milhões de toneladas, 8,1% acima da produção 2010/11, de 75,3 milhões de toneladas. Aqui também se destaca o Rio Grande do Sul, com queda de quase 29%, com total previsto agora em 8,3 milhões de toneladas.
Mato Grosso continua liderando como principal produtor brasileiro de soja, com expectativa de produzir agora 21,7 milhões de toneladas, 6,3% a mais que na safra anterior (20,4 milhões de toneladas).
O IBGE no relatório também mostrado dia 9 de fevereiro, foi um pouco mais otimista que a Conab.
Apesar disto, segundo os técnicos do IBGE, a produção esperada de 70,0 milhões de toneladas apresenta variação negativa de 6,4% em comparação ao total obtido em 2011.
A área a ser colhida aponta um crescimento de 2,5%, enquanto que o rendimento médio esperado registra um decréscimo de 8,7%, sendo respectivamente, 24,7 milhões de hectares e 2.841 kg/ha.
As últimas informações do USDA revelam que na temporada 2011/12 a produção mundial de soja deve atingir 251,5 mil toneladas métricas, patamar inferior ao projetado no relatório de janeiro, quando a entidade americana acreditava que o mundo iria produzir 257 milhões de toneladas.
Os Estados Unidos devem produzir 83,2 milhões de toneladas, mantendo a liderança como maior produtor mundial da oleaginosa.
O USDA reduziu a estimativa de produção da soja brasileira em 2,7%, passando de 74 para 72 milhões de toneladas, mas ainda assim continua na segunda posição.
Do mesmo modo, a entidade diminuiu a projeção de soja da Argentina, estimando agora 48 milhões de toneladas de soja na safra 2011/12.
Informações apresentadas no dia 1º de fevereiro pela Secex (Secretaria de Comércio Exterior) mostram que em janeiro deste ano, as exportações de soja somaram 1 milhão de toneladas líquidas, muito abaixo das exportações do mês precedente, quando as negociações de soja atingiram 1,47 milhão de toneladas.
A receita ficou em 461,8 milhões de dólares no mês analisado, com queda de 34% em relação a dezembro de 2011, de 696,2 milhões de dólares.
Apesar da queda vista entre dezembro e janeiro deste ano, nos embarques de soja, uma comparação histórica mostra que em relação aos anos anteriores, comparados o mesmo período, vemos um recorde histórico.
Em janeiro de 2011 as vendas internacionais de soja acumularam 208 mil toneladas, em janeiro de 2010 as vendas foram de 93 mil toneladas.
Em janeiro de 2009 ficou em 614,5 mil toneladas e em janeiro de 2008 não alcançou 600 mil toneladas.
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