O produtor de milho do Centro-oeste, especificamente do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul, está com um olho na lavoura e com o outro no mercado.

A Rural Centro, em linha com estes dois importantes estados produtores do Brasil, fez um estudo sobre o desempenho dos preços da commodity em quatro municípios: Rondonópolis, Sorriso, Dourados e São Gabriel do Oeste -  Destaques do balanço do mercado de milho de hoje.

O objetivo é mostrar em apenas uma página as principais informações e notícias apresentadas nos últimos dias e assim auxiliar o produtor nas negociações diárias.

Preço Físico
Clima
Mercado Futuro
USDA
Conab
Exportação
Matérias Importantes

Preço Físico

Nem em alta e nem queda, ao que tudo indica fevereiro será  o mês da estabilidade nos preços do milho nas principais praças produtoras do Brasil.

O gráfico abaixo mostra uma análise de quatro importantes municípios produtores:

preço, milho, MS, MT

Em Rondonopolis/MT, a saca que foi vendida a uma média de R$ 24 não sofreu nenhuma alteração e a tendência é de encerrar o mês neste patamar.

Já em Sorriso, após uma queda de 50 centavos no meio do mês, o milho voltou a operar a R$ 21,50/sc.

Enquanto isso, Dourados, praça sul-mato-grossense, a saca do grão iniciada em R$ 25, caiu para 24,5 e a expectativa é de recuperar o fôlego ainda nestes últimos dias do mês.

Em São Gabriel do Oeste, praticamente em todo o mês a saca de milho foi negociada a um preço de referência de 23 reais, alcançando R$ 24/sc entre 3 e 6 de fevereiro.

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Clima

Se o produtor não consegue alavancar os preços no mercado, um dos motivos é que ele está mais preocupado com o grão no solo em fase delicada de desenvolvimento vegetativo.

Os olhos agora estão voltados para o céu e se antes era a estiagem que preocupada, agora é a chuva. A previsão para hoje é de pancadas de chuva em boa parte do Brasil, segundo o Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC).

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Mercado Futuro

No pregão noturno da Bolsa de Chicago desta última terça-feira, os preços encerraram em alta, com o  vencimento mai/12 valendo 6,5 dólares/bushel, maior resultado dos últimos 22 dias.

Nesta última segunda-feira, a BM&F Bovespa finalizou os trabalhos com resultados mistos, com o mais curto prazo subindo 1,28%, valendo R$ 28,47/sc.

No pregão diurno da CBOT, as cotações finalizaram em alta, com a poisção mai/12 na casa dos 6,48 dólares/bushel.

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USDA

Segundo as informações do USDA, a expectativa é que a produção mundial do grão atinja 864,1 milhões de toneladas métricas, volume que mesmo estando 0,5% abaixo do previsto no relatório de janeiro (868,1 milhões de toneladas), ultrapassa em 5,5% o total produzido mundialmente na temporada anterior, de 819,2 milhões de toneladas.

O crescimento da oferta acompanha a necessidade da demanda. O consumo total do milho está agora estimado em 867,6 milhões de toneladas, praticamente o mesmo da projeção de janeiro (868 milhões/t), 5,5% acima do total contabilizado em 2010/11, de 822,6 milhões/t.

No topo dos países produtores continuam os Estados Unidos, com total de 313,9 milhões de toneladas, lembrando que o país perde um pouco da concorrência no mercado internacional uma vez que parte da produção é direcionada à produção de biocombustível.

Os chineses na segunda posição devem produzir 191,8 milhões de toneladas. Com o consumo interno previsto em 191 milhões de toneladas, o dragão asiático deverá importar 4 milhões de toneladas do grão para gerar estoques e segurar o mercado.

O Brasil poderá produzir, segundo a entidade americana, 61 milhões de toneladas de milho, com consumo interno previsto de 52 milhões de toneladas. As exportações brasileiras de milho pode alcançar na temporada analisada 9 milhões de toneladas.

A União Européia produzirá 64,5 milhões de toneladas, insuficiente para suprir a demanda interna de quase 65 milhões de toneladas, necessitando importar 4 milhões de toneladas.

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Conab

Focados agora no milho safrinha que começou a ser plantado no mês passado, a Conab finalmente apresentou modificações na estimativa da temporada 2011/12.
A área destinada à 2ª safra está esperada em 6,7 milhões de hectares, 13% acima do total registrado na safra anterior, de 5,9 milhões de hectares.

Destaque para o Paraná, cuja projeção de área está estimada em 1,9 milhão de hectares, 10,3% acima da área vista em 2010/11, de 5,9 milhões de hectares.

A produtividade de milho safrinha está agora esperada em 3.854 quilos/hectare,  7,2% a mais que no levantamento anterior, 3.595 quilos/hec, com alta aproximadamente 6% frente a safra anterior, de 3.645 quilos por hectare.

A produção está esperada agora em 25,8 milhões de toneladas, 31% acima do que foi colhido na safra anterior, de 21,6 milhões de toneladas.

A Conab projeta redução na produção de milho safrinha de dois estados apenas: de Tocantins (produção de 123,4 mil toneladas – queda de 8,3%) e DF (29,2 mil/t – retrocesso de 13,6%).

A área de colheita prevista para 1ª safra de milho está estimada em 8,6 milhões de hectares, com rentabilidade média agora encolhida para um pouco mais de 4 mil quilos de milho e com a produção esperada em 35 milhões de toneladas.

Ao todo (1ª e 2ª safras), a produção esperada é de 60,8 milhões de toneladas. Com os paranaenses no topo, com estimativa de 12,8 milhões de toneladas, 4,5% acima do total colhido em 2010/11, de 12,3 milhões de toneladas.

Em segundo lugar, o Estado de Mato Grosso espera colher agora 10,6 milhões de toneladas, seguido por Minas Gerais (7,4 milhões/t), por GO (7 milhões/t) e por SP (4,6 milhões/t). MS, na sexta posição, com total de 4,4 milhões de toneladas.

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Exportação

Em janeiro deste ano, as exportações brasileiras de milho atingiram 852,5 mil toneladas líquidas, volume muito abaixo do total visto nos anos anteriores: 1 milhão/t em jan/11; 880 mil/t em jan/10 e 1,328 milhão de toneladas em jan/09.

Apesar desta queda, a receita do mês citado alcançou a segunda maior marca de todos os tempos: 243 milhões de dólares, abaixo apenas dos 251,4 milhões de dólares vistos no mesmo período do ano passado.

No ranking por Estado, Mato Grosso mantém a liderança, com participação de 58,6% e total embarcado de quase 500 mil toneladas, 4º maior volume de toda a histórica, acima dos patamares de 2011 (771,2 mil/t); de 2010 (852 mil/t); de 2009 (831,3 mil/t).

Paraná continua na segunda posição com total de 194 mil toneladas exportadas, em seguida GO, com 107,8 mil toneladas e em quarto MS com embarques de 38 mil toneladas.

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