por Gabriela Borsari

A necessidade de diversificar a produção nas propriedades faz com que o plantio de árvores com finalidade comercial cresça a cada dia. Atualmente, o Brasil é o segundo país com a maior cobertura florestal do mundo, mas já no ranking de florestas plantadas, o país está em oitavo lugar. Cerca de 98,7% das florestas no nosso país é natural e apenas 1,3% é plantada, o que mostra que ainda há muito espaço para este segmento crescer.

De toda a floresta plantada, cerca de 66% é de eucalipto, seguido de 26% de pinus. A maior parte dessa produção é destinada á celulose e papel e depois carvão vegetal.

Os produtores costumam ter perdas significativas na hora de comercializar a produção, pois ainda é uma atividade pouco conhecida. Essas perdas são devido à dificuldade na avaliação quantitativa e qualitativa do volume de madeira.

Há diversos métodos e técnicas para calcular a quantidade de madeira produzida, no qual são medidos o volume de madeira empilhada ou o volume sólido. Os métodos diretos utilizam medições de tora individuais ou empilhadas, já os indiretos aplicam técnicas como fator de forma, equações de volume e funções de sortimento.

Por ser simples, o volume de madeira empilhada é o mais usado para produtos com pequenas dimensões, como toretes destinados à celulose e papel, aglomerados e energia. O cálculo é feito pela multiplicação do comprimento, pela largura e altura da pilha de toras. Já o cálculo do volume sólido de uma tora é mais complexo, pois devido à sua grande dimensão, é necessária uma precisão maior procurando-se obter o valor real.

A conversão de pilhas de toras em estéreos (st) para volume (m3) se faz dividindo o st por um fator de empilhamento, que compense os espaços vazios dentro da pilha.

Já a pesagem da madeira é mais utilizada na venda para indústrias que processam toras finas, de pequeno diâmetro, como celulose e chapas.

Uma equação de volume ajustada permite estimar o volume total do tronco da árvore sem derrubá-la, ou seja, com a florestal em pé. Com a equação de sortimento, o volume pode ser estimado por classes de uso, como laminação, serraria, celulose e energia. Ou também, pode ser por tipos de tora para atender especificações do mercado.

É importante o produtor ter orientações adequadas em relação a esses cálculos, pois as perdas na comercialização podem ser grandes. A madeira pode ser comercializada “em pé” ou “colhida”, podendo ser cotada em peso, volume empilhado ou volume sólido. É comum ocorrerem prejuízos pelo fato de vender a madeira “em pé” sem sortimento a preços inferiores aos reais com sortimento.

A falta de informação sobre o valor de mercado desses produtos florestais e o desconhecimento do total produzido impede a realização de cálculos do valor da madeira na hora de vender.

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