Germinação de sementes de guavira

A guavira Campomanesia adamantium (Cambess.), também conhecida pelo nome popular de gabiroba, guabiroba, guabirova, guavirova, gavirova, araçá-congonha ou guavira é o fruto produzido por uma planta de porte arbustivo que cresce nos campos e pastagens do cerrado brasileiro.

Esse fruto é muito saboroso e muito apreciado pela fauna nativa do cerrado brasileiro e pelos seres humanos. A guavira tem sido consumida em sua maior quantidade in natura por meio de seus frutos vendidos no comércio informal em regiões de ocorrência da planta. Esse comércio restrito se deve a alguns fatores pós colheita que dificultam o transporte e armazenamento dos frutos. Outro fator que restringe o comércio local e sazonal da guavira é a dificuldade na formação de mudas da planta.

A dificuldade na formação de mudas de guavira começa pela sua semeadura, uma vez que suas sementes são classificadas como recalcitrantes, não tolerando, portanto, sua desidratação após a extração dos frutos. Em testes realizados as sementes atingem maior poder germinativo quando tratadas com produtos químicos (fungicidas), sendo feita a sua semeadura logo após a coleta dos frutos, ocorrendo entre 6 a 27 dias após sua semeadura. O armazenamento das sementes em um recipiente fechado em uma temperatura de 25°C conserva a germinação em 60% por volta de 30 dias.

Como na grande maioria das Angiospermas – Eudicotiledôneas, sua germinação é caracterizada como Epígea, ocorrendo um maior desenvolvimento do hipocótilo da plântula, fazendo com que ocorra a elevação de seus cotilédones e consequentemente a emergência da parte aérea da plântula.

O poder germinativo das sementes é mais elevado quando semeadas 3 dias após sua retirada do fruto. A semeadura das sementes dos frutos de guavira tem sido recomendada logo após sua extração dos frutos, afim de se alcançar maior porcentagem de germinação das sementes. 

Após a germinação das sementes outro problema é a heterogeneidade das plântulas que possuem diferentes padrões após sua germinação o que dificulta a formação de um padrão para as mudas.

 

 

Luiz Eduardo Braga Panferro; Giliard Paes Neto; Dra. Ana Cristina Araújo Ajalla e Dr. Denilson de Oliveira Guilherme.



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