Maior produtor de milho do mundo, EUA devem diminuir área plantada
O início do plantio da safra de grãos dos Estados Unidos está cada vez mais próximo e as expectativas em torno da possível migração de área do milho para a soja estão em foco.
Especialmente em função de uma relação de preços favorável para o cultivo da soja, espera-se que os produtores agrícolas norte-americanos optem por aumentar a área plantada com a oleaginosa em detrimento à do cereal.
Isso pode trazer consequências importantes para o mercado da soja. Caso as condições climáticas sejam favoráveis no período de desenvolvimento da planta e a produtividade média se mantenha acima dos 45 bushels por acre, assim como estimou o USDA em seu Fórum Anual, a situação do balanço de oferta e demanda do país no final da próxima safra poderá ser aliviada. Os estoques atualmente estão muito apertados, com uma demanda cada vez mais aquecida e acaba por dar suporte aos preços no curto prazo. Já no longo prazo, com uma boa safra nos Estados Unidos e caso a América do Sul continue expandindo a sua produção, os preços podem cair de patamar. Ainda assim, a demanda (especialmente chinesa) deve continuar aquecida, segurando os preços em certa medida.
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No caso do milho, mesmo com as indicações de migração de área, o volume produzido do cereal ainda pode ser semelhante ao alcançado no ciclo 2013/14. No Fórum Agrícola do USDA, realizado no final de fevereiro, o Departamento indicou uma queda de 3,4 milhões de acres na área plantada do milho para a safra 2014/15, em relação ao ciclo anterior. Contudo, como a produtividade esperada ficou bastante elevada, em 165,3 bushels por acre, a produção estimada ficaria muito próxima ao alcançado em 2013/14. Caso estas perspectivas se confirmem, o balanço de oferta dos EUA, que é o maior produtor da commodity, deve continuar em condições mais confortáveis.
A despeito destas perspectivas de uma safra robusta nos EUA, ressalta-se que as estimativas do USDA ainda devem sofrer ajustes consideráveis no decorrer da safra e as cotações do milho na CBOT estão encontrando outros fatores de suporte. A produção menor milho na América do Sul na safra 2013/14 e as vendas aquecidas do produto norte-americano têm contribuído para manter os preços do cereal em níveis um pouco mais elevados.
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