5 conceitos sobre MIP que você deveria saber

30 Apr 2020

5 conceitos sobre MIP que você deveria saber

Quer saber como aumentar o lucro de sua lavoura através do MIP? Conhecer os conceitos do manejo integrado de pragas é o primeiro passo para garantir sucesso nessa estratégia.

 

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O MIP é um conjunto de ações que visam restabelecer o equilíbrio ecológico da sua área, tornando o controle de pragas e doenças mais prático, eficiente, sustentável e principalmente econômico.

Ao respeitar e seguir todos os conceitos, você conseguirá reduzir o uso defensivos químicos, diminuindo significativamente seus custos de produção. Além de saber exatamente quando e como agir, sem ser pego de surpresa.

Se você já ouviu falar sobre esse assunto mas ainda tem dúvidas sobre os conceitos do manejo integrado de pragas, continue a leitura e descubra como dominar a guerra contra pragas e doenças e transformar o seu negócio!

 

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(Fonte: Embrapa)

Afinal, qual é o fundamento do manejo integrado de pragas e doenças (MIP)?

Com o avanço do Agro 4.0 cheio de novas tecnologias que beneficiam uma agricultura mais produtiva e sustentável, algumas técnicas têm ganhado espaço nas lavouras brasileiras, como é o caso do MIP.

O manejo integrado de pragas e doenças consiste em um tipo de controle que não busca eliminar todos os insetos da área, mas sim restabelecer um equilíbrio entre as pragas e os seus predadores naturais.

Quando esse equilíbrio ecológico existe, a população de pragas é controlada naturalmente por outros insetos que não causam nenhum dano à lavoura – e nenhum custo ao produtor.

Desse modo, você conseguirá reduzir significativamente os gastos com a aplicação de defensivos químicos, que geralmente estão no topo da lista de custos de produção. Os gastos diminuem, a produtividade é mantida e a margem de lucro aumenta!

No entanto, para que esse cenário seja possível, alguns conceitos precisam ser cumpridos em conjunto dentro do MIP. Por isso, existem também outras soluções de controle que podem ser usadas dentro dessa técnica antes de pensar em colocar seus pulverizadores em ação.

Outro fundamento importante do manejo integrado de pragas é saber agir no momento necessário. Sendo assim, uma praga pode estar presente na lavoura e somente será combatida quando atingir o seu nível de controle (NC).

5 conceitos do Manejo Integrado de Pragas (MIP)

Confira a seguir os principais conceitos do manejo integrado de pragas e doenças que você precisa conhecer:

  1. Analisar o campo de batalha

O primeiro conceito do manejo integrado de pragas ajudará você a seguir com todo o resto. Analisar o campo significa entender como sua lavoura está inicialmente.

Já existem pragas que são ameaças para a sua cultura no ambiente? Quais são as pragas que podem ataca-la ao longo dos ciclos? Existem outros insetos que possam ser predadores naturais dessas pragas em sua área?

Quanto mais detalhada sua análise for, mais assertivas serão suas respostas, garantindo a eficiência do seu manejo integrado de pragas e doenças.

  1. Estudar bem o seu inimigo

O manejo integrado de pragas e doenças divide a população de insetos em três fases:

  • Nível de equilíbrio (NE)
  • Nível de controle (NC)
  • Nível de dano econômico (NDE)

O nível de equilíbrio mostra que, mesmo com a praga presente no campo, ela está sendo controlada por inimigos naturais, não representando nenhuma ameaça para a sua lavoura.

Ao atingir o nível de controle, a praga já está em uma população que pode causar danos, sendo necessário entrar com algum método de controle populacional indicado no MIP para voltar ao nível de equilíbrio.

Já quando uma praga atinge o nível de dano econômico, os prejuízos já estão sendo causados, por isso as ações devem ser mais emergenciais e certeiras. O objetivo do manejo integrado de pragas é não permitir que o NDE seja atingindo, buscando sempre o equilíbrio do agroecossistema.

Para determinar em qual fase a praga está, você precisará conhecer qual o potencial que ela tem de causar danos em sua lavoura. Por isso, estudar bem o seu inimigo é fundamental para o sucesso do MIP!

Confira na imagem abaixo um exemplo de níveis de controle de diferentes pragas para a cultura da soja:

 

O nível de controle pode mudar de acordo com a praga, com o ciclo atual de sua cultura ou até mesmo com o clima de sua região de plantio.

Por isso, é essencial que você pesquise ou consulte um engenheiro agrônomo para se certificar de que os resultados do seu monitoramento serão realistas e válidos para um MIP eficiente.

  1. Monitorar é melhor do que remediar

Para conseguir desfrutar das vantagens do MIP, como a redução do uso de defensivos químicos e maior margem de lucro no produto final, o monitoramento frequente deve ser lei em sua gestão.

Afinal, as pragas podem se reproduzir rapidamente, o clima pode afetar a população de inimigos naturais e muitos outros fatores podem alterar a densidade populacional dentro do campo.

Ou seja, monitoramentos muito espaçados podem fazer com que você aja tarde demais, chegando fácil ao nível de dano econômico.

Para evitar esse risco, as amostragens devem seguir à risca os padrões de indicação para a extensão de sua área e cultura plantada.

     

(Fonte: Embrapa)

O monitoramento pode ser dividido em talhões, metros ou plantas. Para isso, você poderá adotar estratégias como armadilhas, batida de pano, sensores de inteligência artificial ou outras técnicas adequadas para a praga em questão.

Além de avaliar os insetos presentes na área, também é possível fazer amostragens em relação aos danos ou rastros deixados pelas pragas nas plantas.

Com a recorrência do monitoramento ao longo do tempo, você poderá criar uma base de dados para as safras futuras, analisando tendências de crescimento populacional de acordo com características específicas da lavoura ou do clima.

Tudo isso colaborará para uma gestão mais precisa, antecipando possíveis problemas e agindo de forma preventiva sem comprometer o equilíbrio e a sustentabilidade de sua produção.

  1. Escolher suas armas corretamente

Outro conceito que fundamenta o manejo integrado de pragas e doenças é a busca por meios de controle alternativos, sem necessariamente aplicar defensivos químicos de primeira.

Os tipos de controle do MIP são classificados em categorias, como:

  • Controle cultural – ação preventiva como rotação de cultura, plantio em época correta e limpeza da área.
  • Controle biológico – soltura de inimigos naturais no campo ou uso de inseticidas naturais e seletivos.
  • Controle comportamental – uso de armadilhas e sinais químicos entre animais.
  • Controle genético – soltura de machos estéreis para reduzir a densidade populacional na área.
  • Controle varietal – uso de variedades de plantas resistentes.
  • Controle químico – uso consciente e alternativo de defensivos químicos seletivos.

     

(Fonte: ABCBio)

O propósito de evitar o uso dos defensivos químicos de qualquer maneira está relacionado com o aumento de pragas resistentes nas lavouras. Isso, porque, ao usar sempre o mesmo produto em uma área, o produtor acaba selecionando insetos resistentes que formam uma super população forte e destrutiva.

Com isso, as próximas aplicações são ineficientes, os inimigos naturais morrem e as pragas que não são mais eliminadas pelo defensivo cruzam entre si, ficando impossíveis de controlar e fazendo muitos produtores terem que abandonar a área.

Por isso, a tomada de decisão quando uma praga atinge o nível de controle deve ser bem pensada e definida, buscando sempre priorizar o equilíbrio do sistema para economizar com produtos químicos.

Além disso, ao ter que fazer uso dos defensivos químicos, o produtor deve lembrar sempre de fazer uma rotação de ingrediente ativo e modo de ação do produto!

E vale a pena ressaltar: quanto mais cedo você conseguir restabelecer esse equilíbrio e mantê-lo, mais cedo você terá seus custos reduzidos e o seu negócio mais rentável.

  1. Estar sempre pronto e preparado para a luta

Todos os benefícios e vantagens que o manejo integrado de pragas e doenças pode trazer para a sua lavoura só serão constantes em conjunto com uma gestão agrícola eficiente.

Por isso, contar com um sistema integrado de confiança para armazenar todos os dados de monitoramento e ações ao longo da safra com segurança é fundamental.

Dessa forma, você conseguirá se manter atualizado e sempre em alerta em relação aos níveis populacionais em seu campo.

Sabendo quando e como agir, você garantirá o sucesso de sua safra sem sofrimentos, ganhando a guerra contra as pragas da forma mais inteligente e estratégica possível!

Ainda resta alguma dúvida em relação aos conceitos do MIP ou como aplicá-los em sua lavoura? Deixe o seu comentário abaixo!

Fonte: Agrointeli.com.br



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