Soja: apesar de alta de Chicago, dólar segura os preços no Brasil

O mercado brasileiro de soja iniciou a semana ainda com ritmo lento de negócios no Brasil. Com os contratos futuros subindo e o dólar recuando, os participantes seguiram reticentes. Os preços tiveram comportamento regionalizado e seguiram nominais.

– Passo Fundo (RS): a saca de 60 quilos recuou de R$ 188,00 para R$ 187,00

– Região das Missões: a cotação baixou de R$ 186,50 para R$ 185,50

– Porto de Rio Grande: o preço permaneceu em R$ 192,50

– Cascavel (PR): o preço subiu de R$ 185,00 para R$ 187,50 a saca

– Porto de Paranaguá (PR): a saca avançou de R$ 192,00 para R$ 194,00

– Rondonópolis (MT): a saca baixou de R$ 173,00 para R$ 172,00

– Dourados (MS): a cotação aumentou de R$ 175,00 para R$ 175,50

– Rio Verde (GO): a saca passou de R$ 170,00 para R$ 171,00

Soja em Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a segunda-feira (27) com preços mais altos. O bom desempenho do petróleo, compras de barganha e um movimento de posicionamento frente ao relatório de área plantada e estoques trimestrais do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) garantiram a alta.

O Departamento deverá indicar uma área plantada norte-americana com soja de 90,42 milhões de acres, com avanço sobre o ano anterior, mais abaixo da intenção de plantio, divulgada em março. O relatório de área plantada será divulgado na quinta, 30, às 13hs.

A previsão é compartilhada por analistas e corretores consultados pelas agências internacionais. Segundo a consulta, o USDA deverá indicar área de 90,42 milhões de acres, acima dos 87,195 milhões de acres cultivados em 2021.

No final de março, o USDA divulgou o relatório de intenção de plantio. Naquela oportunidade, o Departamento apostava em uma área de 90,955 milhões de acres.

O Departamento vai divulgar na quinta também o relatório para os estoques trimestrais americanos na posição 1o de junho. O mercado aponta estoques de 959 milhões de bushels. Em 1o de março, o estoque ficou em 1,931 bilhão e em junho do ano passado os produtores tinham 769 milhões de bushels armazenados.

As inspeções de exportação norte-americana de soja chegaram a 468.309 toneladas na semana encerrada no dia 23 de junho, conforme relatório semanal do USDA. O mercado esperava 440 mil toneladas. Na semana anterior, as inspeções de exportação de soja haviam atingido 428.322 toneladas.

Os contratos da soja em grão com entrega em agosto fecharam com alta de 8,75 centavos de dólar por bushel ou 0,57% a US$ 15,29 1/2 por bushel. A posição novembro teve cotação de US$ 14,32 3/4 por bushel, com ganho de 8,50 centavos ou 0,59%.

Nos subprodutos, a posição agosto do farelo fechou com alta de US$ 3,20 ou 0,77% a US$ 414,60 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em agosto fecharam a 67,85 centavos de dólar, com alta de 0,92 centavo ou 1,37%.

Câmbio

O dólar fechou em R$ 5,2350, com queda de 0,32%. O afrouxamento do lockdown, na China, valorizou as moedas emergentes ligadas às commodities, como o real, e aliviou a pressão das incertezas políticas e fiscais domésticas.