24 Apr 2013

Uma excursão técnica promovida pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) possibilitou a 30 agricultores familiares das comunidades rurais Macapazinho e Bom Jesus na zona rural de Castanhal, nordeste paraense, conhecerem as novas tecnologias utilizadas para potencializar a cadeia da mandioca. A ação acontece em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural  (Senar).

O intercâmbio de informações dá continuidade a um processo de qualificação dos agricultores nas comunidades que lideram a produção de mandioca e seus derivados no município. As capacitações ocorrem motivadas principalmente para a garantia da melhoria da qualidade das lavouras e as práticas de cultivo da mandioca em Castanhal.

A excursão teve como laboratório a propriedade do agricultor familiar Manoel Chagas. Atendido pela Emater, ele diz que nos últimos dois anos vêm mudando o ritmo de trabalho, adotando tecnologias adequadas e atendendo as normas para a lavoura repassadas pelos técnicos. O agricultor hoje faz plantio mecanizado das áreas e durante o beneficiamento utiliza todos os produtos e subprodutos da mandioca. Em vez de lenha, no forno seu Chagas utiliza o caroço de açaí para a produção da farinha. Depois de queimado, o caroço se transforma em adubo para outras espécies cultivadas na propriedade. “Antes também jogava fora o tucupi, hoje o líquido serve para adubar o solo. Minha renda aumentou em 100% e os meus gastos diminuíram em quase 30%”, garantiu o agricultor.

A fim de garantir melhorias na qualidade de vida dos agricultores familiares, a Emater garante assistência técnica e capacita as famílias para o desenvolvimento de uma produção  sustentável. A adoção de práticas adequadas de produção e beneficiamento dos produtos proporciona a utilização de áreas menores para o cultivo, recupera áreas em processo de degradação e aumenta a produtividade das culturas. A orientação técnica da Emater também incentiva o agricultor a ter uma diversificação de produção, o que garante renda na propriedade durante todo o ano.

Para a dona de casa Alice Morais, conhecer as tecnologias adequadas para a produção foi de grande importância. “Minha família produz farinha rusticamente, isso aqui é um sonho que, se estivermos organizados, poderemos alcançar. Só o fato da mão de obra diminuir em 80% representa um ganho incomparável”, afirmou Alice.

Segundo dados da Emater, Castanhal tem cerca de dois mil mandiocultores. A maior produção, pelo menos 80%, está concentrada na mão de agricultores familiares, dividida em seis mil hectares de área plantada. Castanhal responde pela maior produtividade de mandioca por hectare no Pará, em média 20 toneladas. O município produz, hoje, 120 mil toneladas de raiz de mandioca, gerando três mil empregos diretos. “A mandiocultura é responsável pela maior prática agrícola no município de Castanhal. Alguns produtores aqui produzem até 30 toneladas de raiz por hectare”, disse Enéas Fontes, técnico em agropecuária da Emater. Nas áreas agrícolas a Emater também auxilia no processo de transição agroecológica da produção.

Fonte: Agência Pará de Notícias



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