24 Mar 2014

O valor elevado das terras e as variações climáticas bruscas, que acabam secando as pastagens, estão levando os criadores de gado de leite a optarem pelo Free-stall, técnica para o confinamento total do gado de leite em um galpão, onde eles circulam livremente para se alimentar se exercitar ou descansar.

O relatório do Sistema de Inteligência Setorial do Sebrae, que trata sobre o Confinamento de Vacas Leiteiras, aponta que uma implantação bem planejada e administrada pode aumentar a produtividade e a lucratividade nos negócios. Como o gado de leite fica permanentemente em instalações, não tem acesso à pastagem e toda a alimentação é fornecida no cocho, a perda de energia na locomoção é menor, os animais sentem-se melhores, resultando numa maior produção de leite.

Quando a chuva é regular a pastagem cresce normalmente. Mas em épocas de seca fica difícil alimentar o gado. Com o confinamento esse problema deixa de existir, pois toda a alimentação dos animais está garantida, guardada em baixo da lona ou nos silos.

Um exemplo bem sucedido vem de Itapiranga, no extremo oeste de Santa Catarina, onde após implantar o Free-stall, a família Egewarth, que cria gado de leite, conseguiu que a produção diária, por animal, passasse dos 20 para os 30 litros. A alimentação fornecida pelos Egewarth para o gado leiteiro é balanceada por um nutricionista, onde cerca de 80 vacas holandesas produzem  mais de 2.400 litros de leite por dia.

Pontos positivos e negativos do confinamento total do gado:

Vantagens

Desvantagens

Custo operacional econômico

Custo de construção alto

Fácil mecanização

Menor atenção individual

Animais se exercitam regularmente                                            

Maior competição

Alta flexibilidade para organizar diferentes manejos de alimentação

Vacas mais sujas por falta no

manejo da limpeza

 

Conheça algumas ações recomendadas pelo Sistema de Inteligência Setorial do Sebrae:

• Uma das vantagens ao produtor é que o Free-stall favorece o controle de fatores climáticos adversos como alta umidade, elevada temperatura e insolação direta. Sem contar que é possível controlar 100% do que o animal come;

• Antes de qualquer investimento deve-se procurar um profissional da área, pois sempre que há necessidade de grande capital imobilizado, é fundamental avaliar o tempo de amortização, que pode ser limitante. No caso do Free-stall, o investimento em instalações pode ser superior a R$ 2 mil por cabeça. Órgãos federais e estaduais como Embrapa e Epagri também podem oferecer orientação.

• Quando o pequeno negócio optar pelo Free-stall, é relevante lembrar que ele deve ser usado para animais de médio e alto potencial produtivo, com média acima de 25 litros de leite/dia. O custo do investimento não justifica uma produção animal abaixo de 20 litros de leite diários;

Saiba mais baixando aqui os relatórios do Sistema de Inteligência Setorial fornecidos pelo Sebrae/SC:
https://sis.sebrae-sc.com.br/sis/inicio/geral.action;jsessionid=401839072E98D10A1D63B466B5A6781F

 

 

Fonte: Sebrae SC



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