05 Jan 2011

O que se pensa quando surge o termo “organização em rede”? Talvez algo muito complexo, com várias ramificações e distribuições. E de fato é tudo isso. Mas, muito além, é um modo de dispor e coordenar algum setor da sociedade, seja ele real ou virtual.

Nenhuma pessoa vive isolada, muito menos vivem assim segmentos de mercado e negócios. As redes sociais são ferramentas que não podem faltar na hora de se fazer contatos, parcerias e, principalmente, negócio. No ramo agropecuário, as associações, federações e cooperativas realizam a ligação entre os pequenos e grandes produtores com um objetivo em comum: conquistar melhorias para o setor.

Com uma história invejável de luta e liderança, o produtor Claudio Pradela sabe bem o que é trazer progresso para sua comunidade. Ele chegou ao Mato Grosso do Sul em 1971 e foi na cidade de Douradina que encontrou as oportunidades para o crescimento. Segundo Pradela, quando ele chegou aqui “não tinha curso nem financiamento para o produtor. Foi difícil para se estabelecer”.

Presidente do Sindicato Rural de Douradina desde sua fundação, em 1983, Claudio sabe da importância de uma classe organizada: “Eu sou um fã do cooperativismo. Sindicatos e cooperativas são órgãos que trabalham em busca do benefício para o produtor e união de classes”.

Claudio Pradela é ainda presidente da Comissão da Pequena Propriedade, que, segundo ele, é muito bem vista pela presidenta da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, senadora Kátia Abreu.

Responsável pelo Projeto de Apoio à Produção Sustentável no Território da Reforma, Antônio Minari desenvolveu um programa de recuperação e criação do associativismo em pequenas propriedades do MS. “Sem isso, é muito mais difícil conseguir tanto o reconhecimento quanto o lucro, que é o objetivo principal”, explica Minari.

Pradela sabe que a maior deficiência do cooperativismo hoje é a falta de divulgação, mas ainda assim o trabalho já dá ótimos resultados com a população. “Temos recebido muitas manifestações de apoio [da população]. Ela entende com o tempo qual é o real trabalho do sindicato e vai valorizando mais as pessoas que se dedicam a isso.”

Antônio Minari afirma que o trabalho feito no Projeto Território da Reforma foi basicamente organizar os pequenos produtores por meio de cursos e orientação. “O homem do campo hoje pensa no ‘todo’, e não mais no individual. O programa virou uma rede de negócios, na qual os produtores integraram conhecimento às oportunidades.”

Redes Sociais na internet
Além de todas as redes organizacionais do mundo real, existem ainda aquelas que vivem na maior rede de relacionamentos já inventada: a internet. Val Reis é consultora de redes sociais em Campo Grande, MS, e é categórica ao afirmar que hoje a melhor rede social da web é o Twitter.

“Quando eu vi a importância e a força das redes sociais para os negócios, comecei a trabalhar com isso. É um segmento ainda hoje pouco explorado no MS”, enfatiza Reis. Segundo ela, o Twitter faz jus ao título de rede social exatamente pela instantaneidade e feedback quase que automático.

A Federação da Agricultura e Pecuária do MS, Famasul, adotou o uso do Twitter há oito meses e sabe da relevância do que é dito e repercutido dentro da ferramenta. “A maioria dos nossos seguidores é jornalista, ou seja, público formador de opinião. Com certeza isso leva nossas informações às pessoas que não teriam acesso sem essa mídia”, diz Rosane Amadori, jornalista responsável pela mídia Twitter da Famasul.

E qual é o papel de uma organização de classe do meio rural? Com certeza é o fortalecimento da mesma junto ao próprio meio e com o meio urbano. “É função da Famasul fazer essa interface entre o produtor e a cidade”, afirma Amadori.

Fonte: Mariana Bianchi / Rural Centro



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