Quem Sabe Responde: Biodigestor na avicultura
20 Mar 2012
A utilização de novos recursos de reaproveitamento de dejetos está se tornando cada vez mais comum na agropecuária. O Quem Sabe Responde desta quarta-feira (21/03) vai esclarecer justamente sobre a utilização destes materiais orgânicos na geração de energia; dando ênfase àqueles ligados à avicultura e popularmente conhecido como “cama de frango”.
Quem nos esclarece sobre este tema é a zootecnista e doutora em Engenharia Agrícola Karolina Von Zuben Augusto, da BITA – Busca Inteligente em Tecnologia Animal, a pedido de Adriano Yule Carvalho.
Primeiramente, o biodigestor a partir dos dejetos das aves é possível, assim como é utilizado na suinocultura. Contudo, existem certas características que devem ser levadas em consideração.
De acordo com Karolina, o processo começa através da decomposição anaeróbia (através da ausência de oxigênio e com alta umidade) da matéria orgânica e energia, é proveniente da queima do gás metano produzido durante os processos químicos e biológicos.
Lembrando que o gás metano é altamente tóxico e poluente, todavia, quando utilizado de forma correta, pode ser reaproveitado na propriedade como forma de redução nos custos energéticos na criação dos animais.
Karolina Von Zuben salienta que a maior dificuldade no processo é o estado sólido no qual se encontra a cama de frango. Pois, deve-se adicionar água até ela atingir o estado líquido - com os percentuais de 6 a 8% de resíduos sólidos – que permitirá o início e condução do processo. Também é necessária uma área que seja isenta de oxigênio e rica em umidade, para que os processos químicos e biológicos ocorram.
Mas, um bom planejamento e gerenciamento de projeto nas instalações, podem reduzir o consumo excessivo de água e permitirem a redução dos custos no aquecimento do galpão, além de diminuírem os impactos ambientais.
Segundo a zootecnista, os impactos se resumem muito mais nos aspecto ambiental, que se apresentará como grande benefício, ao invés de custos relacionados a implantação do projeto na propriedade.
No Brasil já existem propriedades que adotaram os biodigestores na avicultura de corte, contudo, a maioria se apresenta em fase de testes.
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Fonte: Thaiany Regina/Rural Centro