Confinar 2012: Benefícios da suplementação protéica

08 Jun 2012

A terceira palestra do Confinar 2012 teve como tema: "O desempenho no confinamento visto desde o desmame:uma abordagem sistêmica", ministrada pelo zootecnista e pesquisador da Apta regional - Alta Mogiana, Gustavo Rezende Siqueira.

O principal ponto destacado foi a alimentação com suplementação protéica antes do confinamento. Seguno Gustavo, há  várias coisas que agregam a alimentação animal, mas a principal é a proteína e o produtor deve ficar a ela. "Este cuidado deve ser tomado antes de confinar, com o animal entrando no sistema com 50% de carcaça", explica o palestrante.

Por exemplo, se entrar no confinamento um bovino com 350 quilos e lá o animal ganhar 1,5 quilo ao dia, ao final de 100 dias, ele sairá com 500 quilos, ou seja, mais de 5 arrobas, considerando o rendimento de carcaça superior a 50%, que é o ponto mais importante.

O conceito fundamental de todo este processo de produção é o rendimento do ganho, destaca Gustavo."Quando eu suplemento meu animal, eu tenho maior ganho de peso, entrando no confinamento com rendimento de carcaça mais alto, tendo após o período um rendimento maior", exemplifica o palestrante.

Quando o criador, consciente dos benefícios da suplementação antes do confinamento, realiza uma boa estratégia de alimentação, acaba diminuindo ou terá o mesmo tempo de confinamento, mas com maior peso de abate, isso considerando a suplementação no período das águas.  Outra vantagem é que alimentando melhor o boi de reposição, o produtor poderá abater o animal ainda jovem e assim melhorar o desempenho técnico e econômico.

E não para por aí, outro ganho é com o meio ambiente, uma vez que com a mudança na alimentação diminui a liberação de metano na atmosfera, por dois motivo: o primeiro é o abate em menor tempo e o segundo é o aproveitamento melhor da da própria alimentação.

O conselho para o produtor é a utilização de métricas na fazenda. É importante pesar o boi pelo menos duas vezes e ter resultado não no olho e sim na balança. "Temos que gerar números para tomar decisões. Vale a pena suplementar na seca, nas águas e no outono", ressalta Gustavo. 

Fonte: Rural Centro



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