Confinar 2012: Palestra aborda qualidade da carne bovina
09 Jun 2012
A última palestra ministrada no Confinar 2012 abordou um tema que não poderia ficar de fora devido a importância: a qualidade da carne bovina, proferida Eduardo Krisztán Pedroso, Zootecnista e Sócio-Consultor da Comprovar.
O palestrante ressalta que a população mundial está crescendo e continuará em ascensão, assim como o consumo de proteína. Dentro deste parâmetro, a elevação da produção que acompanhará esse ritmo virá do aumento da produtividade.
Segundo Pedroso, a carcaça do boi é como uma embalagem e a qualidade da engorda é o quanto essa embalagem foi preenchida de forma correta. Além disso, o produtor de gado gordo precisa também entender o que o mercado interno e externo deseja, lembrando que gordura de mais é caro e compromete qualidade e de menos também é ponto negativo.
Dentro deste tema, o confinamento é muito eficiente na formação de carne, além de ter encurtado o ciclo, aumenta taxa de desfruta, peso de abate, permite padronização de lotes e o crescimento da atividade.
Para uma boa qualidade da carne, o animal quando é abatido esta com 38ºC, sua temperatura sobe para 40ºC na hora que é sangrado. Já na saída da sala de matança volta aos 38ºC, logo em seguida os frigoríficos têm que baixar rapidamente a temperatura para 7ºC. Além disso, o PH tem cair de 7 para 4 em 24 horas, interferindo diretamente na maciez da carne.
O palestrante destaca que dentro da qualidade da carne existe a importância da castração, a fim de evitar o stress antes do abate, porque os touros, jovens ao entrar no confinamento, têm um comportamento de dominância, afetando na coloração da carne, tornando-a não atrativa.
"Acelerar a queda do PH, uma delas é o resfriamento lento e depois o rápido, realizar estimulação elétrica de baixa voltagem, e depois de alta voltagem, impendem carne com problemas de maciez", explica o palestrante.
Exemplo dos EUA - praticamente 100% do gado americano é confinado, com alta qualidade, atualmente eles passam por problema de redução de margem dos confinamentos após o uso do milho na produção do etanol. Há o uso forte de tecnologias que permitem abates de animais jovens, castrados e muito bem alimentados, com carcaças bem acabadas, com carne de excelente coloração e bem coberta.
Fonte: Rural Centro