06 Jan 2022

Câmbio deve seguir favorecendo as exportações brasileiras, mas, por outro lado, tende a encarecer os já elevados custos de produção no campo, avaliam os pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada

Em 2021, ficou evidente que, diante de uma demanda interna fraca, a oferta enxuta no campo e, de forma preponderante, a aquecida procura internacional – especialmente por parte da China – foram os fatores que levaram os preços da cadeia pecuária nacional a atingirem novos patamares recordes.

 

Segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq-USP), é muito provável que o mercado externo siga sendo o principal fator de influência sobre os preços internos da cadeia pecuária nacional em 2022.

 

A forte queda nos preços da arroba bovina observada entre setembro e outubro de 2021, após a suspensão dos envios de carne de boi à China, mostrou que as vendas externas – especialmente ao mercado chinês – são de grande importância ao setor pecuário nacional.

 

Mesmo com os envios de carne crescendo para outros destinos nos últimos meses de 2021, como aos Estados Unidos, os embarques à China ainda representam quase metade de tudo o que é exportado pelo Brasil.

 

Diante disso, é incontestável a necessidade de o Brasil buscar e fortalecer novos parceiros comerciais.

E o câmbio deve seguir favorecendo as exportações brasileiras em 2022, mas, por outro lado, tende a encarecer os já elevados custos de produção no campo.

 

Já no Brasil, devido ao fragilizado poder de compra da maior parte da população e à inflação alta, a demanda doméstica por carne bovina deve seguir fraca por mais um ano.

 

 

 

 

 

 

Fonte: Portal DBO



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