22 May 2017

Seja por rodovia, ferrovia ou hidrovia, o Brasil perde (muito) tempo, dinheiro e competitividade no mercado internacional. Um estudo elaborado pela Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) analisa a situação da infraestrutura de transporte da produção e lista todos os desafios do país nessa área. O diagnóstico, que inclui ainda a capacidade de armazenamento e o transporte de cabotagem, resultou em 24 páginas, que foram entregues ao presidente Michel Temer no final de março. A reportagem de Globo Rural teve acesso ao documento, que traça as possíveis soluções para cada modal, além de comparar os custos de implantação e manutenção de rodovias, ferrovias e hidrovias.

Entre as maiores constatações está a baixa capacidade do país em analisar, planejar e propor soluções a médio e longo prazos, além da limitação de investimento em infraestrutura. Nos últimos dez anos, o Brasil investiu em sua infraestrutura valor equivalente a 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto que outros países exportadores do grupo dos Brics, como China, Índia e Rússia, investiram cerca de 10%, 8% e 7%, respectivamente, destaca o relatório.

“As dificuldades que postergam os investimentos em infraestrutura não são oriundas, somente, da escassez de recursos financeiros públicos. Há que se considerar fatores como insegurança jurídica (ajustes frequentes nos marcos regulatórios e legislação complexa), projetos e contratos mal elaborados, que elevam os custos das obras, licenças ambientais (Ibama, consulta à Funai, Iphan, etc.) e dificuldades nas desapropriações,” diz um trecho do relatório.

A expansão da produção agrícola no Centro-Oeste e no Norte na última década fez o país ganhar mercado mundo afora, mas também gastou-se uma fortuna com o transporte das mercadorias entre fazendas e portos de saída. Isso porque a única alternativa para escoamento em longas distâncias é pelo modal mais caro.

“Em 2003, nossa distância média do campo ao porto era de 500 quilômetros. Mas, nos últimos dez anos, passamos a ter predominância de Mato Grosso, Goiás, Tocantins, Bahia e outros Estados acima do paralelo 16. E tudo isso ficou a 2.000 quilômetros de distância. O custo médio explodiu”, afirma Luiz Antônio Fayet, consultor de logística da CNA.

Confira a matéria na íntegra

Fonte: Revista globo rural



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