Cobertura do solo diminui ocorrência de plantas espontâneas
19 Feb 2022
Um estudo realizado por pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) descobriu que a cobertura do solo pode diminuir a ocorrência de plantas espontâneas em cultivos consorciados. A pesquisa foi realizada em parceria com o Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp), Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" (Esalq) e Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
Nesse contexto, a utilização de cobertura morta sobre canteiros consorciados de hortaliças reduz consideravelmente a mão de obra empregada no controle de plantas espontâneas em SAFs e a pleno sol. “Constatamos que essa é uma alternativa de baixo custo, eficiente no controle de plantas espontâneas e na otimização do uso da mão de obra pelos agricultores”, explica o analista Waldemore Moriconi, da Embrapa Meio Ambiente, coordenador do estudo.
A Embrapa indicou que foram realizadas pesquisas a partir do monitoramento e da avaliação econômica de SAFs e registrou-se, ao longo de um ciclo agrícola, os tempos de mão de obra empregado por um agricultor agroecológico do Assentamento Sepé Tiaraju, SP, com as diferentes operações de manejo de culturas anuais. “Foi constatado que a operação que mais demandou mão de obra foi a capina manual com 66% do tempo total gasto, evidenciando os elevados gastos de mão de obra para a operação de controle de plantas espontâneas”, disse a entidade.
“Evidenciou-se que o uso de cobertura morta nos canteiros consorciados de hortaliças reduziu o número de plantas espontâneas, os autores constataram que o número de plantas espontâneas em todos os tipos de cobertura foi inferior ao número de plantas existentes na testemunha sem cobertura. Ao comparar a ocorrência do número de plantas espontâneas nos tratamentos sem cobertura do solo nos dois sistemas de cultivos, constatou-se que no SAF o número de plantas foi consideravelmente menor que o encontrado a pleno sol”, conclui.
Fonte: Agrolink