Confinar 2012: Planejamento estrutural e nutricional dos confinamentos

08 Jun 2012

As duas primeiras palestras ministradas na tarde desta sexta-feira, durante o Confinar 2012, esclareceram todos os pontos para um produtor que quer começar no sistema de confinamento.  O tema da primeira foi "Planejando a estrutura de um confinamento, dentro da realidade brasileira", proferida pelo gerente técnico do JBS Confinamento Brasil, Anderson Vargas.

Segundo Vargas, as primeiras coisas que o produtor deve definir é o tamanho e maquinário utilizado na estrutura, que dependem diretamente do porte de confinamento que deseja. A estrutura pode ser simples, mas deve ser bem organizada e administrada. É preciso estabelecer o tempo em que o animal será confinado, entre 60 e 90 dias.

"Temos que avaliar a necessidade operacional e estática do confinamento. Qual objetivo final? O que temos que fazer inicialmente,  essa é a bússola que irá direcionar a nossa estrutura. E não podemos esquecer que vai haver imprevistos, por isso é necessário ter reservas de equipamentos, entre outros pontos", explica Vargas.

É importante não esquecer que quando um confinamento é montado, a estrutura sofre com a pressão do tempo, passa por desgastes físicos. Além disso, é preciso haver um cuidado com a localização, por exemplo, se for uma área plana, perto da sede, a neblina de poeira e de mosca prejudicará fortemente.

Além disso, o nível de declive tem que ter no mínimo 2%. O ideal seria 6%, que é muito oneroso, então apenas 2% já resolveria. Em relação ao cocho, deve ser em formato de J, onde a parte externa é maior que a parte interna e evita desperdício.

Segundo Vargas, para implantar um confinamento, com todos os componentes para o número de 5 mil bois, o custo é de 435 reais por cabeça. Considerando a calçada de cocho e de bebedouro, barracão de insumos, projeto elétrico e curral de manejo para 500 bois .

Confinar-2012Já a segunda palestra entra na parte nutricional do confinamento e foi ministrada por Paulo Araripe, consultor de clientes da Bellman.

Araripe já começa de modo otimista: "estamos vivendo um novo fenômeno, que é poder mexer nas dietas para obter um maior rendimento, utilizando bastante concentrado, fazendo modificação no decorrer  para utilizar menos proteína no final do confinamento. Além disso, a maioria das fazendas já está utilizando dietas personalizadas, o que é muito bom para o setor", conclui.

Araripe destaca a influencia do ambiente no desempenho dos animais e recomenda análise dos alimentos periodicamente. Segundo o palestrante, a pecuária para registrar alta rentabilidade necessita acelerar o ciclo de produção, aplicando tecnologia e intensificando a atividade, ficando cada vez mais dependente do confinamento, que alivia área de pastagem e termina o animal rapidamente, entretanto todos os cuidados devem ser tomados em conta. "Sem planejamento a chance de sucesso é pequena!", explica Araripe. 

Fonte: Rural Centro



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