Confinar 2013: Acomodação na produção de carne afeta exportações
11 May 2013
Carne de qualidade. É isso que todo mercado busca para atender suas necessidades. Tendo isso em vista, a palestra de encerramento do Confinar 2013 abordou o tema, mostrando aos expectadores como agregar valor e atender às tendências do mercado consumidor.
Ministrada por Roberto Barcellos, engenheiro agrônomo e diretor da Beef & Veal Consultoria, a explanação englobou desde a produção até a venda do produto. “Apesar de termos uma evolução muito grande em termos de ganho de peso, não podemos criar uma marca, devido à falta de homogeneidade da carne”, afirma.
Segundo ele, o país está em situação extremamente vulnerável no mercado mundial, pois “vendemos o preço, já que nossa carne exportada é considerada de baixa qualidade. E estamos inclusive perdendo espaço para a Índia, que vende carne melhor e mais barata”, alerta. O diretor complementa ainda que muito poucas fazendas têm características de produção para exportação, utilizando ou tecnologia que busca eficiência ou tecnologia que agrega valor. “Entende-se tecnologia pela soma dos fatores genética, nutrição, sanidade e manejo”, indica.
Como primeiro passo para a padronização da carne, é preciso ter uma previsibilidade, que por sua vez somente pode ser obtida com a criação de uma marca, onde uma marca de sucesso será aquela considerada fiel a sua proposta e de acordo com a expectativa do consumidor.
Finalizando, ele aconselha ao produtor que pretende criar um produto específico em seu confinamento: “não se atreva a produzir sem um contrato de fornecimento muito bem elaborado. E fique atento, pois ainda assim você pode sofrer um prejuízo, pois o risco sanitário no Brasil afeta absurdamente o negócio”, enfatiza.
Fonte: Ângelo Smaniotto/ Rural Centro