Conflito no Leste Europeu preocupa agronegócio catarinense

03 Mar 2022

O drama humano vivido pela população na guerra entre a Rússia e a Ucrânia e a desorganização das cadeias produtivas acendem um alerta pelas consequências que o conflito gera para além das fronteiras dos dois países.


Diretor geral do Sindicato das Indústrias da Carne e Derivados no Estado de Santa Catarina (Sindicarne) e da Associação Catarinense de Avicultura (Acav) – Foto: Divulgação

O diretor geral do Sindicato das Indústrias da Carne e Derivados no Estado de Santa Catarina (Sindicarne) e da Associação Catarinense de Avicultura (Acav), Jorge Luiz de Lima, aponta a variação cambial (aumento do dólar), a escassez e o encarecimento de insumos (como defensivos e fertilizantes) e a majoração da cotação do barril de petróleo como fatores que podem repercutir no aumento geral dos preços dos alimentos.

“O mundo todo vem acompanhando com muita preocupação o conflito entre Rússia e Ucrânia e não é diferente em Santa Catarina. Nos preocupamos, além das pessoas que estão lá, com as questões comerciais. Olhando para o mercado catarinense, na área de exportação e dos custos de produção de proteína animal temos visto um aumento do valor do dólar, dos combustíveis fósseis, principalmente do barril do petróleo, isso reflete diretamente no valor do frete, somado a pressão nos preços das commodities, em especial do milho, base da ração animal, então nós esperamos que, de fato, o conflito possa encerrar o mais rápido possível para evitar consequências ainda maiores”, anseia Lima.

O Brasil é o quarto consumidor global de fertilizantes, responsável por cerca de 8% deste volume e é o maior importador mundial. O Brasil importa cerca de 80% de todo o fertilizante usado na produção agrícola nacional. No caso do potássio, o percentual importado é de cerca de 95%. A Rússia é responsável por fornecer cerca de 25% dos fertilizantes para o Brasil. “Temos olhado com bastante preocupação para os setores que trabalham com o plantio de grãos em decorrência da falta de fertilizantes ou da restrição ao acesso da matéria-prima na área de fertilizantes, o que pode impactar diretamente no preço dos alimentos. Em vista disso já estamos buscando alternativas de importação de matéria- prima a fim de minimizar os efeitos para o setor”, expôs.

Fonte: O Presente Rural



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