Conheça a tecnologia que agiliza a vacinação de tilápias

04 Nov 2021

Diminuição da ocorrência de queimadas é fundamental para a preservação do agronegócio brasileiro

Com o preço das carnes vermelhas em alta desde o início da pandemia de covid-19, uma nova opção de proteína animal vem ganhando espaço na mesa dos brasileiros: a carne de peixe. Em 2020 a produção de peixes no País cresceu 5,9%, segundo dados da Associação Brasileira de Piscicultura (PeixeBR), o que significou um aumento de 800 mil toneladas na produção.

 

As expectativas do setor de pescados são otimistas, a carne de peixe está entre as proteínas animais mais consumidas no mundo e o Brasil tem ótimas características naturais para exploração da piscicultura, como o clima favorável e muita água doce.

 

A tilápia é o peixe mais importante para a piscicultura nacional, a espécie responde por 60,6% de toda a produção, com quase 490 mil toneladas produzidas por ano. Para agilizar o setor, uma tecnologia tem empolgado os produtores: a máquina de vacinação automática.

 

Como acontece a vacinação da tilápia?

 

Segundo a PeixeBR, 90% dos produtores brasileiros de tilápias de aquacultura (criadas em tanques) vacinam seus peixes contra as bactérias mais comuns que podem afetar essa produção, a Streptococcus B e a Streptococcus iniae. Em um lote vacinado o aproveitamento dos peixes é de cerca de 96%, enquanto sem vacina é de apenas 70%. Comumente a vacinação se dá por método manual, os peixes são sedados pela ração e então funcionários precisam inserir uma agulha no abdome do peixe.

 

Agora, diferentes empresas estão lançando máquinas para vacinação automática. Com elas,  o peixe sedado só precisará ser colocado em uma esteira, então a máquina posicionará corretamente o peixe e o vacinará.

 

Em uma hora uma máquina pode vacinar até 5 mil peixes, enquanto pelo método manual a média era de cerca de 1,3 mil por hora.

 

Cresce a produção de tilápias

 

A produção de tilápias é um dos setores do agronegócio que mais cresce no Brasil. Só em 2020 o aumento da produção nacional foi de 12%, maior do que qualquer outra proteína animal. O País é o quarto maior produtor do peixe, só a região do município de Santa Fé do Sul (SP), cidade que se tornou referência na produção da espécie, movimenta R$ 1 bilhão por ano e gera mais de 4 mil empregos.

Uma das especificidades da espécie é o modo como se dá sua reprodução. A fêmea armazena os ovos fecundados na boca, até que os filhotes quebrem os ovos e saiam. Uma fêmea pode armazenar entre 800 e 1,2 mil ovos por vez.

 

Na piscicultura, os produtores retiram os ovos da boca da fêmea após sete dias de fecundação e os levam para o laboratório para o nascimento. Isso é feito porque as tilápias não tem sexo definido durante o primeiro mês de vida, e através da inserção de hormônios na ração os produtores podem influenciar a definição do sexo. Para a produção é interessante que eles sejam machos, pois estes engordam mais e mais rápido do que as fêmeas. 

 

 

 

 

 

Fonte: Summit Agro



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