Especialista faz recomendações a confinadores que buscam aumentar lucros

10 May 2013

Dando início ao último dia de palestras do Confinar 2013, o mestre em zootecnia e doutor em nutrição e produção de ruminantes, Danilo Millen fez uma apresentação baseada em levantamentos realizados com nutricionistas do todo Brasil no período de 2009 a 2011, analisando as práticas adotadas por seus clientes.

Segundo dados demonstrados pelo palestrante, por volta de 10% dos bovinos abatidos no país provêm de confinamento. Nos últimos anos, cada vez mais os animais estão entrando mais leves, pesando algo em torno de 369 Kg. Com isso, é preciso uma alimentação adequada ao crescimento e desenvolvimento dos mesmos, e de acordo como especialista, essa conversão alimentar melhorou muito devido à inovação do nível energético e à qualidade das rações atuais.

“Com o aumento de quase 10% de animais cruzados nos confinamentos, a utilização de dois ou mais tipos de dietas é quase obrigatória, tanto no crescimento quanto na terminação”, aponta ele. Em índices apresentados, 79% dos ingredientes concentrados que são incrementados nas rações no Brasil deve-se ao aumento das operações.

Mais de 80% dos confinadores brasileiros afirmaram que colocam somente grãos nas rações, sendo o milho ‘flintado’ o mais utilizado. Associado a isso, foram detectadas como as fontes mais utilizadas de forragens as silagens de milho, sorgo e o bagaço de cana, respectivamente. Também foi percebido com o estudo verificar um aumento de 10% de água na mistura da dieta.

“O que deve ser feito para evoluir a produtividade é uma medição do nível do consumo nas baias. O manejo de sobra é utilizado em quase metade dos confinamentos no Brasil e corresponde a até 3% do desperdício da alimentação”, recomenda o zootecnista.

Danilo lembra ainda que a aplicação de aditivos isoladamente não resolve nada, somente complementa, “é preciso dar condições para o funcionamento, ou seja, quanto melhor o manejo, melhor o efeito do aditivo”, conclui.

Para finalizar sua apresentação, ele lançou um desafio aos produtores, “vamos exigir o máximo dos animais, forçá-los, sem exageros. Um confinamento com taxa de mortalidade zero não quer dizer necessariamente que obtém o máximo de lucro. Em regiões dos Estados Unidos, existem locais com taxas de 1% onde o lucro é maior do que os que possuem essa taxa zerada. Sempre lembrando que isso deve ser feito com acompanhamento e corretamente.

Confinar 2013 – Realizada através da parceria da Rural Centro com a Beef Tec, a segunda edição do evento acontece no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo, em Campo Grande, nos dias 9 e 10 de maio, a partir das 8 horas. Em 2013 serão tratados aspectos específicos do uso estratégico do confinamento bovino, como as novas tendências de consumo, mercado e tecnologias que melhoram a produtividade da fazenda. Entre no site oficial do CONFINAR 2013, www.confinar.net e veja a programação do simpósio. Se preferir, entre em contato pelo e-mail ruralcentro@ruralcentro.com.br ou pelo telefone (67) 3326 4004.

Fonte: Ângelo Smaniotto/ Rural Centro



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