Frigoríficos de SP deixaram de exportar US$ 12,78 milhões

16 May 2017

Os frigoríficos paulistas deixaram de exportar US$ 12,78 milhões após a Operação Carne Fraca, divulgada em março de 2017 pela Polícia Federal, afirma a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, baseada em estudo do Instituto de Economia Agrícola (IEA). Os pesquisadores Celso Vegro e José Alberto Angelo afirmam que a investigação gerou um "custo da precipitação" para as empresas, que seria justamente este valor "perdido" com as exportações. Eles apontam que os embarques de carnes por São Paulo já registravam um declínio no primeiro bimestre deste ano, na comparação com o ano passado, mas que a operação "aprofundou essa tendência".

De acordo com a pesquisa, as exportações paulistas de carnes in natura e industrializadas, no primeiro bimestre de 2017, recuaram 9,25%, para US$ 270,339 milhões frente a igual período do ano anterior (US$ 297,895 milhões). Já em março, a proporção da queda na comparação anual foi acentuada e o Estado embarcou US$ 149,174 milhões, 16,41% a menos do que março de 2016 (US$ 178,459 milhões). "Adotando hipótese plausível de que os 9,25% de redução nos embarques paulistas do primeiro bimestre do ano se mantivessem sobre março de 2017, o montante apurado pelo segmento alcançaria aproximadamente US$ 162 milhões", afirmam os pesquisadores. "Entretanto, o saldo cambial efetivo obtido no mês de US$ 149,17 milhões revelou o 'custo da precipitação' por parte da Polícia Federal para os frigoríficos paulistas, estimado, assim, em US$ 12,78 milhões", concluem.

Vegro e Angelo ponderam que a análise não considerou as imediatas repercussões da operação policial em âmbito do mercado interno. "Levantamento estatístico com 1.067 paulistanos revelou que um em cada três consumidores diminuiu o consumo de carnes após a operação da Polícia Federal", afirmam. Eles citam ainda que os principais grupos econômicos vinculados ao segmento perderam valor de mercado e que portanto o custo foi muito maior do que o mensurado quando apenas se contabilizam as exportações, particularmente, as paulistas. "A recuperação da demanda no mercado das carnes exigirá empenho e harmonização eficaz entre as esferas pública e privada, restabelecendo em patamar saudável a regulação do segmento", comentam os pesquisadores.

Fonte: Globo Rural



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