Manejo incorreto pode causar queda na produção em confinamentos

09 May 2013

Iniciando o período vespertino de palestras do Confinar 2013, o gerente nacional de ruminantes para corte da Vaccinar, Anderson Vargas, explanou sobre um fator primordial dos confinamentos: a análise de pontos críticos. Utilizando-se de exemplos práticos e rotineiros de atividades da pecuária, como a dieta dos animais e a observação das fezes, ele mostrou aos participantes ações simples e dinâmicas para obtenção de resultados satisfatórios e com qualidade.

“Muitas vezes o sucesso se resume a coisas simples, como determinar os objetivos para formar uma estrutura do confinamento, como quais animais serão utilizados por exemplo”, conta ele. Segundo dados apresentados pelo palestrante, 53% dos confinamentos no Brasil ainda utilizam o sistema ‘bica corrida’.

Anderson também apontou alguns fatores primordiais para o bom funcionamento de um confinamento: a nutrição, avaliação dos animais, do cocho e das fezes. Na questão da alimentação, deve ser considerada a formulação da ração, a mistura de ingredientes, o manejo no fornecimento e por fim, a observação das fezes, que refletem o que está acontecendo no confinamento.

Porém nem sempre a dieta com maior custo é a mais eficiente, isso deve ser medido no cocho e ajustado, caso necessário, para cada sistema. “Os micro-organismos também devem ser levados em consideração na elaboração da dieta, pois têm papel importante na alimentação do animal”, lembra o gerente. Uma saída pode ser a utilização de duas ou mais dietas ao mesmo tempo, “desde que uma complemente a outra e sejam bem misturadas e distribuídas uniformemente no cocho”, pontua.

Outro fator relevante é o manejo do cocho, decisivo para um bom desempenho no manejo alimentar. Segundo o especialista, essa prática realizada de forma correta não gera custo adicional para o produtor, enquanto que feito de forma equivocada, pode gerar despesas excedentes de até R$ 20 por animal num período de 90 dias, “daí você multiplica esse valor pelo tamanho do rebanho confinado e vê quanto dá. É uma conta simples, quando não há desperdício nem animais com fome, atinge-se um equilíbrio, que é determinante para o sucesso”, preconiza.

Por fim, mas não menos importante, a qualidade da água também pode limitar o consumo na alimentação, cuja distribuição não deve levar mais do que 90 minutos desde o início até o último animal. “Tudo isso é organizado com planejamentos e metas determinados por ferramentas e rotinas que avaliam as condições sanitárias, cochos, animais e alimentação da propriedade”, finaliza Anderson.

Confinar 2013 – Realizada através da parceria da Rural Centro com a Beef Tec, a segunda edição do evento acontece no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo, em Campo Grande, nos dias 9 e 10 de maio, a partir das 8 horas. Em 2013 serão tratados aspectos específicos do uso estratégico do confinamento bovino, como as novas tendências de consumo, mercado e tecnologias que melhoram a produtividade da fazenda. Entre no site oficial do CONFINAR 2013, www.confinar.net e veja a programação do simpósio. Se preferir, entre em contato pelo e-mail ruralcentro@ruralcentro.com.br ou pelo telefone (67) 3326 4004

Fonte: Ângelo Smaniotto/Rural Centro



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