Milho supera estiagem e mantém expectativa de recorde no Brasil

03 Feb 2022

 

Apesar dos cortes nas produções da safra de verão do cereal no Sul do país, produção total (que inclui as três safras) segundo a StoneX Brasil deve atingir 116,1 milhões de toneladas

 

Levando em consideração as três safras brasileiras de milho no ciclo 2021/2022, a produção total está estimada em 116,1 milhões de toneladas pela StoneX Brasil, 1,2% a menos que o número divulgado em janeiro, mas, ainda assim, um recorde para o país.

 

“Houve uma significativa redução na estimativa de produção da primeira safra de milho, para 25,3 milhões de toneladas, um corte de 5,5% em relação ao número de janeiro e de 16,7% em comparação com o estimado antes dos problemas com a estiagem”, explica o analista de Inteligência de Mercado do grupo, João Pedro Lopes.

 

Além de menor em relação às estimativas iniciais, o novo número representa uma queda de 1,7% em comparação à safra 2020/2021.

 

O principal motivo da contração foi o clima adverso no Sul do Brasil. Após volumes de precipitação bem abaixo do normal em novembro e dezembro, a tão esperada chuva de janeiro não foi elevada o suficiente para melhorar, ou mesmo manter, as condições de cultivo da safra de verão na região. Com isso, os números do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul da StoneX foram reduzidos em, respectivamente, 11,2%, 22,5% e 18,2% em relação ao relatório divulgado em janeiro.

 

Já a segunda safra 2021/2022 segue praticamente estável em comparação com o número anterior, estimada em 89,1 milhões de toneladas, volume recorde. “O bom progresso do plantio observado até o momento aumenta a possibilidade de que grande parte da safra seja plantada dentro da janela ideal, amparando a manutenção das expectativas favoráveis para a safrinha”, pondera Lopes.

 

Apesar do otimismo, o grupo ressalta que o ciclo de inverno é mais arriscado, já que as lavouras precisam se desenvolver logo antes do começo da estação seca no país, e os números estão sujeitos a mudanças expressivas. Portanto, as condições climáticas ao longo dos próximos meses serão fundamentais.

 

Em relação ao balanço de oferta e demanda de milho, houve um aumento nas exportações referentes à safra 2020/2021, para 20,9 milhões de toneladas, levando os estoques finais do ciclo correspondente recuarem para 7,9 milhões de toneladas.

 

Quanto à safra 2021/2022, o principal destaque da StoneX foi a redução nas exportações, de 41 para 40 milhões de toneladas, compensando parcialmente o recuo de 1,4 milhão de toneladas na produção total. Assim, os estoques finais da temporada 2021/2022 estão agora estimados em 9,5 milhões de toneladas.

 

 

 

 

Fonte: O Presente Rural



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