Procura por caqui já movimenta a Ceasa/ES
28 Feb 2011
Enquanto a safra capixaba de caqui não chega à mesa do consumidor, a Centrais de Abastecimento do Espírito Santo (Ceasa/ES), empresa vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aqüicultura e Pesca (Seag), recebe o fruto produzido em São Paulo.
Durante o mês de janeiro, a empresa comercializou 3.666 quilos da fruta oriundos de São Paulo em seu Entreposto Central, localizado em Cariacica. O preço médio do quilo da fruta nesta sexta-feira (25) foi de R$ 6,67. De acordo com Luiz Carlos Prezoti Rocha, diretor presidente da Ceasa/ES, o caqui tem oferta equilibrada em fevereiro. “De março a maio a oferta é maior, de acordo com o Calendário de Comercialização da Ceasa, com preços favoráveis ao consumidor”, lembra.
Procedência
Em 2010 foram vendidos 933 mil quilos da fruta. A maior parte da oferta de caqui na Ceasa/ES foi proveniente de São Paulo (71,73%). Minas Gerais apareceu em segundo lugar, com 12,88% da oferta. O Espírito Santo foi o terceiro maior ofertante, com 7,54%, com destaque para os municípios de Venda Nova do Imigrante, Santa Maria de Jetibá, Santa Leopoldina, Domingos Martins e Alfredo Chaves. Os estados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul também forneceram caqui ao mercado capixaba durante o ano de 2010, em menor escala.
Marcos Simonassi, gerente do Extrafruti, uma das lojas que comercializa frutas na Ceasa, vê com expectativa a próxima safra de caqui. “Mesmo fora da safra a procura pelo caqui já começou. Hoje (sexta-feira) recebemos mais de 200 quilos de São Paulo. O caqui é uma realidade e os clientes ficam ansiosos. Compram conosco desde pequenos comerciantes aos grandes lojistas e mandamos frutas para Bahia, Minas Gerais e Macaé (RJ)”, destaca.
Características do caqui
O caqui é rico em vitaminas A, B e C, geralmente consumido ao natural. É um fruto delicado, com um alto teor de açúcar, que varia entre 14% e 18%. Também contém grande quantidade de água.
O fruto é muito cultivado no Sul e no Sudeste do Brasil, principalmente no Rio Grande do Sul e em São Paulo.
Além do consumo da fruta in natura, o caqui pode ser industrializado no preparo de vinagre, caqui-passas, geléias e sorvetes. O fruto tem poucas calorias e é recomendado para uma boa dieta.
No Brasil, as espécies de caqui mais consumidas são:
Fuyu
Doce e crocante, integra o time dos não-taninosos, consumidos sem nenhum tratamento. Sua polpa é firme e amarelada. Ele dura mais tempo fora da geladeira.
Giombo
É do grupo dos variáveis — podem ser taninosos, ou seja, pegar na língua, ou não. Tem formato oval e, assim como o fuyu, é consumido duro.
Rama forte
Achatado e vermelho, também é do tipo variável. É ideal para quem gosta de comer a fruta bem molinha.
Caqui-chocolate
É um tipo muito específico. Explica-se: os caquis são classificados como taninosos, doces e variáveis. Esses últimos podem possuir ou não sementes. Quando eles têm muitas sementes, ficam com a polpa escura, por isso ganham o apelido. Ou seja, as espécies rama forte e giombo podem se tornar caquis-chocolate.
Fonte: Divulgação/Ceasa