Produção de soja está estimada em 181,84 mi de toneladas na América do Sul
04 Mar 2022
Levantamento realizado pela Consultoria DATAGRO estima uma produção de 181,84 milhões de toneladas para a safra 2021/22 de soja na América do Sul, abaixo da projeção anterior de 209,15 mi de t. Caso essa redução se confirme, representaria um corte de 8% sobre o recorde de 198,35 mi de t da temporada 2020/21.
Contudo, em relação à área, prevê-se um novo recorde histórico: 62,71 milhões de hectares, levemente acima dos 62,66 mi de ha projetados no relatório anterior, divulgado em novembro, e 2% superior aos 61,43 mi de ha colhidos na revisada safra 2020/21.
"Em relação à produtividade média, apesar do bom nível de utilização de insumos, a nova projeção já leva em conta a tentativa de avaliação das perdas severas provocadas pelas chuvas escassas e irregulares durante os meses de novembro a janeiro em parte da região produtora, incluindo o Centro-Sul do Brasil, Paraguai e parte da Argentina e Uruguai", ressalta Flávio Roberto de França Junior, coordenador de Grãos da DATAGRO.
Para o Brasil, o maior produtor de soja do mundo, estima-se uma produção de 130,26 mi de t, bem abaixo das 144,07 mi de t da intenção de plantio. Caso se concretize, significaria uma queda de 5% sobre as 137,82 mi de t do recorde obtido no ano passado. Para a área, projeta-se 40,87 mi de ha, ante 39,18 mi de ha em 2020/21, garantindo, dessa forma, o 15º ano consecutivo de aumento.
Devido aos problemas de escassez de umidade, a projeção para a Argentina foi reduzida de 48,00 mi de t para 41,00 mi de t de soja, volume 10% abaixo da temporada passada. A expectativa é de uma área inferior, passando de 17,10 mi de ha para 16,50 mi de ha; a área a ser colhida passou de 16,50 mi de ha para 16,10 mi de ha.
Em relação à área do Paraguai, a DATAGRO estima 3,60 mi de ha, ante 3,35 mi de ha em 2020/21; a produção, em virtude do clima irregular, deve ser de apenas 4,68 mi de t, no somatório das safras de verão e de inverno, contra 9,70 mi de t em 2020/21.
Para a Bolívia, o levantamento indica que a área pode alcançar um novo recorde, passando dos atuais 1,43 mi de ha para 1,45 mi de ha; a produção, 3,40 mi de t, acima do potencial inicial de 3,19 mi de t.
Para o Uruguai, projeta-se uma área a ser colhida de 1,08 mi de ha, bem abaixo da área plantada de 1,18 mi de ha e ainda mais distante da estimativa inicial de 1,23 mi de ha. O potencial produtivo está previsto em 2,50 mi de t, volume 12% inferior à projeção anterior de 2,83 mi de t, no entanto, 23% acima do colhido na última safra.
Fonte: Ovosite