Quem Sabe Responde: Como armazenar a calda bordalesa?

26 Mar 2013

A série Quem Sabe Responde desta quarta-feira (27/03), esclarece a dúvida de Maurício Signori sobre a calda bordalesa e as soluções com cal virgem e sulfato de cobre: “Quanto tempo podemos deixar as duas soluções armazenadas, sem perder a eficácia, para posterior aplicação?”.

Segundo o engenheiro agrônomo da Federação de Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul (Famasul), Antônio Minari, o cal virgem e o sulfato de cobre podem ficar armazenados por um ano sem qualquer restrição. Quando os dois produtos passam pelo processo de mistura, a aplicação deve ser realizada em até 48 horas, pois fora deste prazo a formulação perde eficácia.

A calda bordalesa não oferece riscos de contaminação, desde que o armazenamento seja feito em recipientes bem fechados. Também não oferece risco de acidentes aos animais e para o homem, sendo que as frutas e verduras pulverizadas podem ser consumidas logo após a aplicação. O preparo correto é adicionando a solução de sulfato de cobre sobre a solução de cal virgem, de modo contrário, o produto perderá o efeito e deverá ser descartado. Segundo Antônio Minari, existem outros produtos que também atuam na mesma linha de controle da calda bordalesa, um exemplo é a calda sulfocálcica.

É importante ressaltar que a calda bordalesa é um produto orgânico, aceito pelas normatizações do Ministério da Agricultura, e recomendado para o controle de doenças fúngicas e também como acaricida.

Veja algumas das doenças que podem ser combatidas com a calda bordalesa: 

Morango com antracnose• Antracnose - Causada pelo fungo Colletotrichum gloesporioides (Penz), afeta as folhas, o caule e os frutos das plantas. É caracterizada por manchas arredondadas e deprimidas, de coloração marrom, com anéis concêntricos onde aparecem as estruturas do fungo de cor escura. As lesões da antracnose servem como porta de entrada para patógenos secundários e, com isso, agravam o quadro sintomatológico da doença.

Míldio Míldio - É uma doença que ataca a parte aérea da planta e é causada por um fungo, a oomiceta Phytophthora infestans. Inicialmente manifesta-se nas folhas, surgindo grandes manchas irregulares, de aspecto oleoso, verde-escuro, que rapidamente adquirem uma coloração castanha. Com a evolução da doença, os pecíolos e os caules são afetados e a planta acaba por morrer. Nos frutos esta doença manifesta-se por manchas marmoriadas castanhas que se generalizam por toda a superfície, estes frutos sofrem posteriormente infecções secundárias de micélios brancos e acabam por apodrecer.

Oídio nas uvas Oídio - Doença provocada pelo fungo Uncinula necator Burr, também conhecidos como cinza ou míldio pulverulento, são facilmente reconhecidos, pois formam colônias esbranquiçadas e de aspecto pulverulento na superfície das plantas, principalmente sobre a superfície das folhas. Embora raramente causem a morte das plantas, eles reduzem o potencial produtivo das culturas e podem afetar a qualidade do produto.

Ácaro da leproseÁcaros da leprose - Ocasionada pelo ácaro Brevipalpus phoenicis, essa doença provoca lesões que podem provocar a queda dos frutos, o que pode levar a perdas consideráveis nos pomares atacados. Também ataca os ramos e folhas, quando em maior nível de infestação, onde provocam manchas marrons circundadas por um halo amarelado. As folhas caem após 12 semanas do ataque do ácaro. Nos frutos, os sintomas se caracterizam por uma mancha deprimida de cor marrom, circundada por um halo amarelado, enquanto o fruto estiver verde. Estes sintomas se manifestam 2 semanas após o ataque do ácaro, sendo que os frutos caem logo após o aparecimento do sintoma.

Falsa ferrugem dos citrosFalsa ferrugem dos citros - Provocada pelo ácaro Phyllocoptruta oleivora, os sintomas mais evidentes surgem nos frutos, que apresentam coloração escura. Este sintoma é resultado da oxidação pelo contato com os raios solares com o óleo extravasado através do rompimento das glândulas da epiderme do fruto, em conseqüência do ataque do ácaro. Em outros grupos de citros, as frutas podem adquirir coloração prateada. 

>>>> Veja na Rural Centro - Como preparar a calda bordalesa?

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Fonte: Thaiany Regina/Rural Centro



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