16 Mar 2022

A produção de café arábica, mais vulnerável ao revés climático, será 11% maior em relação ao ano passado e alcançar 38,80 milhões de sacas, segundo a consultoria

 

A produção brasileira de café na safra 2022/23, que terá a colheita iniciada nos próximos meses, deve chegar a 61,10 milhões de sacas. A estimativa parte de levantamento da Safras & Mercado. Embora represente uma recuperação de 8% em relação a 2021/22, ainda corresponde a uma baixa de 12% em relação ao recorde colhido em 2020.

 

A produção de café arábica, mais vulnerável ao revés climático, deve crescer 11% em relação ao ano passado e alcançar 38,80 milhões de sacas. Na comparação com o que foi colhido em 2020 representa uma queda de 23%. Em volume, corresponde a uma perda de potencial produtivo de 11,40 milhões de sacas.

Segundo o consultor da Safras & Mercado, Gil Barabach, esse é o tamanho do estrago produtivo causado pela seca e geada no Brasil. “Praticamente todas as regiões produtoras de arábica perderam potencial de carga produtiva, com destaque negativo ao Sul e Cerrado de Minas e a região da Mogiana em São Paulo”, comenta.

 

Já a produção de café conilon, ele indica, segue em ascensão no Brasil, o que atenuar as perdas potenciais do arábica. A safra de conilon é beneficiada pelo clima favorável e preços altos. E deve alcançar 22,30 milhões de sacas esse ano, com alta de 3% em relação à temporada passada. “É bom notar que o conilon sustenta aumentos produtivos desde 2017/18, quando por causa da seca no Espírito Santo colheu apenas 12,20 milhões de sacas. O rejuvenescimento do parque, especialmente no Espírito Santo, garante a boa performance produtiva dos últimos anos”, afirma Barabach.

 

 

 

Fonte: Canal Rural



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