Soja: Chuvas trazem muitos estragos

21 Feb 2017

Pelas imagens de satélite é possível observar muita nebulosidade nessa manhã de terça-feira sobre Rondônia, Mato Grosso, Pará e em boa parte do Matopiba. Com isso, o dia será, novamente, marcado pelas pancadas de chuvas ao longo do dia, em praticamente toda essas regiões. Porém, diferentemente dos últimos dias, muitos produtores, principalmente os mato-grossenses, conseguirão realizar a colheita da soja e posterior plantio do milho. Contudo, como há previsões para pancadas, esses trabalhos irão ser interrompidos durante o dia. Porém, ao longo dessa semana, essas áreas de instabilidade começarão a perder forças e com isso, a previsão é que as chuvas comecem a ficar apenas na forma de pancadas irregulares. Não é o que o produtor gostaria de ver, já que o excesso de umidade dessas últimas 3 semanas estão provocando o apodrecimento dos grãos e até mesmo, a germinação dentro da própria vargem. Há relatos de produtores que estão plantando o milho sobre a lavoura de soja não colhida. Pois o prejuízo é tão grande que não compensa nem gastar o diesel da colheitadeira. Infelizmente!

No Sul, um novo sistema está avanço pela região e com isso, manterá o tempo instável e com previsões para pancadas de chuvas ao longo dessa terça-feira. Porém, será mais pro final da semana que realmente haverá chuvas mais generalizadas sobre o Rio Grande do Sul, uma vez que entre hoje e manhã essas ficarão mais concentradas sobre a metade sul do Estado. E essas chuvas manterão os solos com níveis satisfatórios de umidade, mantendo uma condição favorável ao desenvolvimento das lavouras. Além disso, como serão chuvas na forma de pancadas, os trabalhos de colheita, plantio e tratos culturais continuarão a ser beneficiados.

O grande problema da semana estará nos Estados do Mato Grosso do Sul, Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Goiás, pois não estão sendo previstas chuvas generalizadas e frequentes para essas localidades ao longo dessa semana. Apenas poderão vir ocorrer algumas pancadas muito localizadas. E essa ausência de chuvas associadas as altíssimas temperaturas tem provocado um aumento nas taxas de evapotranspiração, causando uma redução ainda mais significativa dos índices de umidade do solo. Com isso, muitas lavouras já estão sob estresse hídrico e com fortes quebras em seus potenciais produtivos. Muitas lavouras de milho semeadas em janeiro e fevereiro já se encontram depauperadas. E como não há previsão de que, nesses próximos 5 dias, venham ocorrer chuvas sobre esses talhões, perdas ainda mais significativas poderão vir a ocorrer. Contudo, São Paulo e Minas Gerais são os Estados mais afetados por esse padrão meteorológico adverso. E segundo os modelos de previsão, somente na semana que vem é que há previsão para chuvas um pouco mais generalizadas e em bons volumes.

Fonte: Clima News



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