O criador de gado de corte de todo o país está com a atenção voltada aos preços da arroba do boi gordo e não é para menos, com a demanda totalmente aquecida, a hora é de realizar bons negócios.

Este é o foco do balanço geral desta semana produzido pela Rural Centro. A ideia é que o produtor encontre em apenas uma página tudo o que é importante para o desenvolvimento do seu negócio e as principais notícias dos últimos dias.

PREÇO FÍSICO

Esta semana o destaque é o Estado do Mato Grosso do Sul, onde o preço do boi gordo em Campo Grande atingiu R$ 100/@ nas negociações a prazo (30 dias) nesta última sexta-feira com alta de 0,5% frente o dia anterior, quando a arroba do boi gordo valia R$ 99,5/@.

E mais, o valor do dia 18 anota incremento de 3% em relação à cotação praticada no 1º dia de novembro, de R$ 71,5 a arroba.

Efetivamente, o preço atual está muito próximo de bater o recorde registrado no mesmo período do ano passado, quando a arroba do boi gordo era comercializada a R$ 101/@.

A cotação atual é aproximadamente 40% superior ao preço apresentado no mesmo período de 2009 (R$ 71,50@) e 16,3% a mais que os números anotados há três anos, quando o produtor local negociada cada arroba a  R$ 86/@.


DICA AOS PRODUTORES

O conselho desta semana é do secretário da Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul, José Lemos Monteiro, que ressalta que o produtor de gado gordo deve primeiramente dar preferência às negociações à vista, que dão mais segurança ao setor.

Além disso, o criador hoje tem que investir em recursos tecnológicos, apressar a engorda dos animais e assim conseguir negociar a matéria-prima no pico de preço até o fim de novembro.

Lemos explica que 2011 foi o ano em que os preços da arroba do boi gordo no Mato Grosso mantiveram-se muito constantes, encerrando o primeiro semestre na faixa dos R$ 97/@ e atingindo neste segundo semestre o patamar de R$ 98/@ à vista.

CUSTO DE PRODUÇÃO

Nas duas últimas semanas, vimos que o custo de produção ainda é o principal motivo de preocução do criador de gado, o poder de compra da vacina antiaftosa e o poder de compra do bovino de reposição ainda está complicado.

No caso da aquisição do milho, o cenário é o mesmo. O criador de gado gordo gordo sul-mato-grossense, da praça de Dourados, consegue comprar 4,4 sacas de 60 quilos de milho com a venda da arroba do boi gordo, considerando que o boi gordo nesta praça vale R$ 100 ( a prazo) e o milho é comercializado a R$ 22,50.

Esta é a menor relação de troca apresentada em 4 anos. No mesmo período do ano passado, o criador douradense conseguia comprar 4,69 sacas de milho  (boi gordo a R$ 101/@ e milho a R$ 21,5/sc).

Enquanto que em 2009 a relação de troca era de 4,61 sacas por arroba e em 2008 a relação era de 5,6 sacas pro arroba.

No dia 18 de novembro de 2009 e de 2008 a saca de milho era vendida a R4 15,50/sc e o boi gordo valia R$ 71,5 e R$ 87/@, respectivamente.

Na próxima semana, o balanço geral irá trazer um estudo sobre a valorização do boi gordo ao longo deste ano, comparado com a evolução dos preços da vaca gorda, com análise de duas importantes praças brasileiras: Mato Grosso e São Paulo, não percam!

EXPORTAÇÃO

As últimas informações disponibilizadas pela Secex (Secretaria de Comércio Exterior) mostram que em outubro deste ano, as exportações brasileiras de carne bovina in natura somaram 74,7 mil toneladas líquidas, rendendo às empresas exportadoras uma receita de 393,4 milhões de dólares.

Resultado muito próximo ao total visto no mês anterior, quando foram enviadas ao exterior 74,2 mil toneladas de carne bovina in natura, sendo que naquele período o faturamento alcançou 277,7 milhões de dólares.

Já em relação ao mesmo período do ano passado, os números de outubro não foram bons, uma vez que as vendas externas daquela época somaram 76,4 mil toneladas líquidas, resultando em uma receita de 293,3 milhões de dólares.

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REBANHO BOVINO

As últimas informações do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) mostram que em 2010, Corumbá perdeu o status de município com maior rebanho bovino do Brasil.

A pesquisa pecuária municipal 2010, elaborada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), mostra que o rebanho bovino de Corumbá, agora o segundo maior do país, diminuiu 2,2% entre 2009 e 2010, somando 1,930 milhão de cabeças.

Em âmbito estadual, Mato Grosso continua sendo o Estado com o maior rebanho do país, com total de 28,7 milhões de cabeças. Logo depois está Minas Gerais com total de 22,8 milhões e Mato Grosso do Sul, com rebanho de 22,3 milhões de cabeças de gado.

O rebanho nacional de bovinos em 2010 chegou a 209,5 milhões de cabeças, um aumento de apenas 2,1% em relação a 2009 (205,3 milhões).

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