Balanço do Mercado de Milho: Maior receita de todos os tempos
Dados apresentados ontem pela Secex (Secretaria de Comércio Exterior) mostram excelentes resultados nas exportações de milho ao longo do ano.
Este é o destaque do balanço do mercado de milho desta terça-feira. O objetivo é mostrar em apenas uma página as principais informações e notícias apresentadas nos últimos dias e assim auxiliar o produtor nas negociações diárias.
EXPORTAÇÃO
Somente em dezembro, as vendas internacionais de milho acumularam 814,3 mil toneladas líquidas, com queda de 57,7% em relação ao mesmo período do ano passado (1,925 milhão de toneladas) e 10,4% a menos que no mês precedente, de 908,8 mil toneladas.
A receita dos embarques do grão brasileiro totalizou 232,1 milhões de dólares, 48% abaixo das vendas de dezembro de 2010, de 441,8 milhões de dólares e 11,4% a menos que os 261,9 milhões de dólares adquiridos em novembro de 2011.
Mas o destaque é mesmo o resultado do ano. Segundo as últimas informações da Secex (Secretaria de Comércio Exterior), entre janeiro e dezembro de 2011, foram embarcadas ao exterior 9,5 milhões de toneladas, o terceiro maior volume verificado até hoje, apenas inferior às 10,8 milhões de toneladas exportadas em 2010 e 10,9 milhões de toneladas vendidas em 2007.
E mais, o faturamento obtido com os embarques externos foi recorde, alcançando 2,7 milhões de dólares, refletindo o atual momento do setor nacional, de profissionalização dos produtores e competitividade no âmbito mundial.
CONAB
A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) apresentará no dia 10 de janeiro o relatório sobre a avaliação das safras brasileiras do ciclo 2011/12.
Enquanto isso, as últimas informações mostram que na primeira safra de milho, referente à temporada 2011/12, a produção deve atingir 39 milhões de toneladas, 8,6% a mais que na safra anterior, quando a produção somou quase 36 milhões de toneladas.
A área da 1ª safra de milho 2011/12 deve crescer 11%, ocupando 8,772 milhões de hectares.
A produtividade deve ficar em 4.449 quilos por hectare, 2% a menos que em 2010/11, de 4.538 quilos por hectare.
Para o milho safrinha, os técnicos da entidade ainda não arriscaram alterar a área prevista, mantendo em 5,922 milhões de hectares. Já a produtividade deve atingir 3.595 quilos por hectare, 1,4% a menos que na safra anterior, de 3.645 quilos por hectare.
A produção deve alcançar 21,3 milhões de toneladas, 1,4% a menos que em 2010/11.
USDA
O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) manteve a projeção de 61 milhões de toneladas de milho produzidas no Brasil no último relatório e continuamos no terceiro lugar como maiores produtores do grão, resultado que comprova a competitividade do mercado nacional no âmbito mundial.
Além disso, a entidade manteve a produção americana em 312,69 milhões de toneladas métricas, porém aumentou a estimativa da produção chinesa em quase 4%, prevendo agora 191,75 milhões de toneladas.
Atenção: O aumento da produção chinesa continua não afetando o mercado brasileiro que seguirá super demandado com o dragão asiático, uma vez que o USDA também aposta no aumento do consumo interno de milho em 2 milhões de toneladas, passando para 191 milhões/ton.
O USDA também aumentou a estimativa de produção de milho da União Europeia para 63,89 milhões de toneladas.
PREÇO FÍSICO
A cotação à vista da saca de milho começa o ano mantendo o patamar de R$ 22,5 em São Gabriel do Oeste, há três dias seguidos, 13,6% a mais que no primeiro dia útil de 2011, quando a saca da soja era comercializada a R$ 19,8.
MERCADO FUTURO
Ontem, as bolsas internacionais não operaram devido às comemorações do início do ano. Na BMF&Bovespa, o valor do milho apresentou na manhã desta terça-feira um acréscimo de 2,2%, valendo R$ 28,25/sc.
Enquanto isso, na Bolsa de Chicago os números estão em queda, com a posição set/12 valendo 6,1 dólares/bushel.
CLIMA
O excesso de chuvas na região Sudeste é o principal motivo de preocupação neste momento. A previsão é de mais chuvas, principalmente no Espírito Santo, Minas Gerais e Goiás.
Segundo a Somar Meteorologia, há risco de transtornos, alagamentos e deslizamentos nestas áreas e todo cuidado com a lavoura. Detalhe: Se o clima prejudica os produtores do Sudeste, no Sul o problema é a seca.
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