Balanço do Mercado de Milho: Mesmo em queda, MT responde por 58% das exportações deste ano
O primeiro bimestre deste ano não foi positivo para os exportadores de milho do Estado de Mato Grosso, mas ainda assim esta praça produtora responde por quase 60% das negociações totais.
Estudo detalhado sobre os números da Secex é o destaque do balanço do mercado de milho de hoje.
O objetivo é mostrar em apenas uma página as principais informações e notícias apresentadas nos últimos dias e assim auxiliar o produtor nas negociações diárias.
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Entre janeiro e fevereiro deste ano, os embarques internacionais de milho somaram 1,132 milhão de toneladas líquidas, um volume que mesmo estando abaixo dos anos anteriores, não afetou os números da receita, de 325 milhões de dólares, terceira maior de toda a história, abaixo apenas da receita de 2011 (565 milhões de dólares) e de 2009 (361 milhões de dólares).
Isso porque o milho foi vendido a 287 dólares cada tonelada no primeiro bimestre, maior preço de toda a história para este período.
Do total embarcado nos dois primeiros meses deste ano, 58% foi enviado a partir do Mato Grosso, um total de 657 mil toneladas líquidas, volume que é o menor desde 2008.
Em segundo lugar ficaram os paranaenses, com um total de 297 mil toneladas, respondendo por 26,3% do total, mas ao contrário do MT, o maior nível desde 2007.
Destaque para o mercado goiano, que entre 2011 e 2012 aumentou as vendas em 36,6%, saindo da quinta para terceira posição, com um total de 111,5 mil toneladas.
Sentido totalmente inverso aos números praticados em Mato Grosso do Sul e Minas Gerais, que diminuíram as vendas em 53,7% e 88,2%, respectivamente.
Entre os principais compradores do grão , o destaque é o Taiwan que ampliou as negociações em 308% entre jan/fev de 2011 e jan/fev de 2012, passando de 59,9 para 244,5 mil toneladas. O Irã está na segunda posição, com 179 mil toneladas.
A Malásia, em terceiro lugar, comprou 172,3 mil toneladas e logo em seguida ficaram os marroquinos com 113 mil toneladas.
Período de estabilidade para o preço a prazo do milho em Rondonopólis/MT, já é o quinto dia em que o grão opera a R$ 23,50 nesta praça produtora. Além disso, o patamar atual é quase 12% maior que a cotação praticada no mesmo período de 2011, quando a saca era vendida a 21 reais.
A previsão para o primeiro dia do outono é de pancadas de chuva forte em grande parte do Norte, Centro-Oeste, MG, sul e oeste da BA.
Informações do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (Cptec) revelam que em algumas cidades destas áreas continuará chovendo de forma intensa.
Volume forte de pluviosidade no MA, PI, CE, RN e PB.
No nordeste do MS norte de SP, e Região do Vale do Paraíba haverá uma pequena chance de pancada de chuva, de forma bem isolada, a partir da tarde. Nas demais áreas do Sudeste o sol aparece entre nuvens.
Apenas no Sul do país, o sol predominará em grande parte da Região, no entanto haverá condição de pancada de chuva na faixa sul do estado gaúcho na região de fronteira com o Uruguai, inclusive com chance de temporais em algumas áreas.
No pregão noturno desta última terça-feira na Bolsa de Chicago, os preços encerraram em baixa, com o vencimento mai/12 valendo 6,54 dólares/bushel.
Nesta última segunda-feira, a BM&FBovespa finalizou os trabalhos com resultados negativos, com o mais curto prazo retrocedendo 1,3%, valendo R$ 27,1/sc.
No pregão diurno da CBOT, as cotações fecharam com perdas, com a posição mai/12 na casa dos 6,63 dólares/bushel.
Os últimos dados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) mostram que para a 1ª safra, na área foi projetada uma expansão de 9,2% em relação ao relatório anterior, passando de 7,9 milhões de hectares para 8,64 milhões de hectares.
Área ampliada, produtividade reduzida. A estimativa é que em cada hectare seja possível colher 4.153 quilos de milho, 8% a menos do resultado anterior, quando era possível colher 4.538 quilos do grão em cada hectare.
A produção de deve totalizar quase 36 milhões de toneladas, praticamente o mesmo volume colhida em 2010/11.
Mas o setor estava aguardando mesmo eram os dados referentes à safrinha. A área prevista agora é de 6,7 milhões de hectares, a mesma projeção do quinto relatório, 13,5% a mais que na safra precedente, de 5,9 milhões de hectares.
A produtividade agora é esperada em 3.838 quilos por hectare, mesmo estando um pouquinho abaixo do previsto em fevereiro, é 5,3% maior que a rentabilidade da safra anterior, de 3.645 quilos.
Com isso, a produção deve atingir 25,8 milhões de toneladas, contra 21,6 milhões de toneladas verificadas em 2010/11, um aumento de quase 20%.
Ao todo, as duas safras juntas projetam uma área total 15,4 milhões de hectares, 11% maior que em 2010/11, de 13,8 milhões de hectares. A produtividade esperada é de 4.016 quilos/hec, 3% a menos que anteriormente (4.156 quilos). Enquanto isso, a produção está projetada em 61,7 milhões de toneladas.
Segundo os técnicos do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a produção da 1ª safra 2011/12 de milho é de 34,7 milhões de toneladas, 1,5% superior em relação ao último levantamento.
Na reavaliação da produtividade houve acréscimo de 4,4%, apesar da diminuição de 2,8% na área a ser colhida em relação ao levantamento de janeiro.
Já para o milho safrinha, a produção deve alcançar 28,5 milhões de toneladas, o que representa 0,9% a mais que a produção estimada em janeiro.
Ao todo, o mundo deverá produzir 865 milhões de toneladas métricas de milho, 4,3% acima do total produzido na safra precedente, de 829,2 milhões de toneladas.
O maior produtor continua sendo os Estados Unidos, mas o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) acredita que na safra atual o volume será bem menor, uma redução de quase 1%, saindo de 316,2 para 314 milhões de toneladas.
Mas do total produzido, 89% é consumido internamente e grande parte deste total é direcionado para o biocombustível.
Em segundo lugar, estão os chineses, que com produção de 191,8 milhões de toneladas, projeta um consumo interno de 191 milhões de toneladas, abrindo espaço para importação de 4 milhões de toneladas.
Na terceira posição, a União Européia, com total de 64,5 milhões de toneladas, volume totalmente insuficiente para suprir uma demanda prevista em quase 66 milhões de toneladas.
E os brasileiros em quarta posição geral, mas como terceiro maior país produtor, deverá produzir 62 milhões de toneladas.
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