Balanço do Mercado da Pecuária de Corte: Rússia é o principal destino das exportações
Uma análise completa dos dados das exportações de carne bovina in natura - este é o destaque do Balanço do Mercado de Pecuária de Corte desta segunda-feira.
Veja também o estudo da Fiesp, as informações do IBGE sobre abates bovinos em Minas Gerais, além dos números das exportações/importações nos EUA e os preços do boi gordo ao longo de maio.
Utilize o sumário abaixo e entre especificamente na informação desejada.
Lembrando que o objetivo deste material é levar ao produtor informações para o desenvolvimento do seu negócio e as principais notícias dos últimos dias.
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Exportação de Carne Bovina | Projeção 2020 | IBGE | Preço Físico | Últimas Notícias |
EXPORTAÇÃO
Dados apresentados pela Secex (Secretaria de Comércio Exterior) na última quarta-feira (2) mostram que em abril deste ano as exportações de carne bovina in natura caíram 0,7%, saindo de 69,7 para 69,2 mil toneladas.
Para um mês de abril, este é o segundo menor resultado desde 2005, ficando acima apenas das 67 mil toneladas vendidas internacionalmente no mesmo período do ano passado.
A receita atingiu 342 milhões de dólares, o maior montante adquirido em 2012 e também o maior resultado histórico para as negociações praticadas em abril.
O faturamento não foi prejudicado pela queda no volume exportado porque cada tonelada foi vendida a uma média de US$ 4.957/t, maior preço praticado em 2012 e o segundo maior da história, apenas abaixo da média vista em abril de 2011 (US$ 5.076/t).
Entre janeiro e abril deste ano, os embarques internacionais de carne bovina in natura realizados pelos frigoríficos que atuam no Brasil acumularam 256 mil toneladas líquidas, menor volume desde 2004. Já o faturamento atingiu 1,255 bilhão de dólares, o segundo maior da história, abaixo apenas da receita de 2011 (US$ 1,309 bilhão).
A cotação média, também a segunda maior de todos os tempos, atingiu US$ 4.898/t.
Entre os principais destinos da carne bovina brasileira, a Rússia continua liderando, respondendo por quase 34% das vendas totais, acumulando 86,8 mil toneladas líquidas (menor resultado desde 2006).
Destaque para o Egito que entre 2011 e 2012 saltou da 7ª para a 2ª posição, triplicando as negociações, saindo de 9 mil toneladas 29,6 mil toneladas.
Em terceiro lugar, com alta de 42% entre 2011 e 2012, está a China, com as compras feitas através da sua unidade administrativa – Hong Kong, com total de 29 mil toneladas.
Na quarta posição está a Venezuela com 25,2 mil/t e logo abaixo o Chile com 19,5 mil toneladas.
São Paulo continua sendo o principal exportador de carne bovina, com embarques de 74,4 mil toneladas, mesmo liderando, a distribuição dos estados exportadores neste ranking comparativo está se equilibrando. Atualmente a participação paulista é de 29% no resultado total, 9,4 ponto percentual a menos que no ano anterior (38,4%).
O segundo colocado, com 46,7 mil/t, saiu da 3ª posição em 2011, o Estado de Goiás, atualmente com representatividade de 18,2% contra 12,7% vista anteriormente.
Já o Estado de Mato Grosso, agora na terceira posição, conseguiu enviar a outros países 40,9 mil toneladas, participação de 16%. E o MS, com 32,7 mil toneladas, segue abaixo, com participação de 12,8%.
Veja abaixo dois gráficos comparativos com as mudanças na distribuição dos frigoríficos exportadores:
Estudo Fiesp
A Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) fez uma projeção detalhada a longo prazo de como ficará o agronegócio brasileiro até 2020 e os números para a pecuária são animadores.
Segundo a entidade, a produção brasileira de carne bovina deverá alcançar 11,996 milhões de toneladas em 2020, com aumento de 16,5% em relação a 2012, quando a previsão é de que a produção nacional atinja 10,3 milhões de toneladas.
Da produção de 2020, 77% será destinada ao mercado interno, que consumirá 9,281 milhões de toneladas, enquanto que as exportações somarão 2,715 milhões de toneladas.
Falando em exportação, para os próximos 10 anos é esperado um crescimento de 87,3%, saindo de 1,5 milhão em 2011 para os 2,7 milhões esperados em 2020, com isso, a participação brasileira no cenário mundial vai aumentar, de 38,6% para 43,2%.
O consumo per capita ainda vai ser mantido nos próximos dez anos entre 43, 44 e 45 quilos por pessoa.
Atenção, proporcionalmente à demanda de carne bovina, os abates não apresentam crescimento satisfatório, mostrando que os próximos anos serão de um desequilíbrio ainda maior entre oferta e demanda do setor, projetando alta de apenas 9,4% entre 2012 e 2020, saindo de 41,5 para 45,4 milhões de cabeças.
O rebanho bovino deve somara 227 milhões de cabeças em 2020, 11 mil cabeças a mais da estimativa 2012 (215,5 mil cabeças).
ESTUDO RURAL CENTRO – PREÇO FÍSICO
Maio está sendo marcado por uma montanha russa nos preços do boi gordo, com altas e quedas sequenciais, como mostram as informações do Cepea (Centro de Estudos e Pesquisas em Economia Aplicada).
O mês começou com a arroba do boi gordo valendo R$ 94,96, nas vendas a prazo, subindo para 95,32 reais a arroba.
Mais dois dias de quedas seguidas e dois dias de altas consecutivas fizeram com que o boi gordo chegasse ao dia 10 de maio na casa dos R$ 94,36/@. Atualmente, o boi gordo está avaliado em R$ 94,24/@, 0,8% a menos que no primeiro dia do mês.
IBGE
O Estado de Minas Gerais ocupou em 2011 a sexta posição como Estado de maior volume de abates bovinos do país, com total de 2,07 milhões de cabeças, sendo este o menor patamar desde 2005.
Do total abatido, 1,09 milhão de unidades foram de bois, menor nível desde 2005.
O mercado mineiro anotou abates de 625,9 mil vacas (também menor volume desde 2005). Além disso foram abatidos 229,7 mil novilhos, 114 mil novilhas e 9,4 mil vitelos/as.
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