Exposição de cavalos Campolina

08 Sep 2010

Criadores de cavalo Campolina participam, em Belo Horizonte, da exposição nacional da raça.

A preparação de anos é testada no Parque da Gameleira, em Belo Horizonte. A exposição nacional do cavalo Campolina reúne 900 animais.

A raça teve origem no século XIX, em Minas. Diz a história que na época do Brasil Império, a maior festa era a “cavalhada”, a simulação de uma batalha entre os mouros que eram sempre derrotados pelos cristãos.

Um dia, na presença do imperador Pedro II, o grupo dos mouros inverteu a lógica e venceu. Humilhado, o chefe do grupo dos cristãos, Cassiano Campolina, jurou só voltar a cavalhada depois que criasse uma raça considerada imbatível. Assim tudo começou.

A marcha tem que ser suave, de preferência com três patas apoiadas no chão. Esses critérios ajudam a definir o valor de um Campolina no mercado. “Eu diria que um embrião não sai por menos de dez mil reais, até pelo custo de fazer”, afirma Luiz Augusto Filho, presidente da Associação Brasileira de Cavalo Campolina.

Em uma semana, o evento da capital mineira deve movimentar sete milhões de reais.

Para formar um campeão, o mínimo detalhe não pode faltar. Antes da apresentação, o adestrador passa no animal um repelente a base de citronela. “Ele fica batendo a pata, então a gente coloca a citronela para ele ficar calmo”, revela Clodoaldo Nascimento, adestrador.

Os formatos alongados de cabeça e pescoço são características da raça. “Essa coisa linda rodando aqui embaixo, rodando aqui em cima, este comprimento maravilhoso, essa cabeça diferenciada. Isso que dá a beleza dele”, explica Joel Garcia, criador.

A beleza resiste à idade. “Essa daqui está com 20 anos, era para ser uma velha feia, mas é uma velha linda. Nasce bonito e morre bonito”, garante o criador.

A exposição vai até sábado.

Fonte: Globo Rural