Simpósio sobre IATF reúne produtores e profissionais no Sindicato Rural de Campo Grande-MS
23 Oct 2010
Cerca de 120 pessoas, entre produtores, profissionais e acadêmicos, estiveram presentes no Sindicato Rural de Campo Grande-MS na manhã deste sábado (23) para acompanhar o Simpósio de Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF), realizado pela Agener/União e Tecnopec.
O evento, que se desdobra até o final da tarde, serve para explicar a funcionalidade da técnica da IATF na otimização dos resultados na estação de monta.
História
A inseminação artificial começou a ser aplicada no Brasil em torno da década de 70 e se consolidou como um das principais ferramentas de melhoramento genético do rebanho. Apesar da praticidade, alguns obstáculos ainda não a tornavam tão eficiente quanto às porcentagens de prenhezes, muito pela dificuldade em observar o cio.
Assim, no início dos anos 90, surgiu a IATF, com o objetivo de permitir a inseminação artificial com data marcada, sem a necessidade de observar cio e programando o manejo da propriedade, conforme afirmou o médico veterinário Renato Valentim, da Tecnopec.
“O grande gargalo do manejo reprodutivo nas fazendas é a observação de cio. Através da técnica da IATF é possível agendar toda a estação de monta. Já houve uma fazenda no Mato Grosso, por exemplo, que executou 3500 procedimentos em um mês”, relata Valentim.
Apesar do grande aproveitamento da técnica em constatações de prenhezes, alguns cuidados devem ser tomados antes de optar pelo serviço. “Em uma condição corporal, as matrizes devem estar, numa escala de um a cinco, acima dos 2,5. Abaixo disso, a porcentagem de proveito diminui e a IATF trabalha somente acima das 50% de sucesso”, pondera o médico veterinário.
Além da atenção para a nutrição das vacas, é importante também variar os touros reprodutores. Apesar da padronização de qualidade das centrais de coleta de sêmen, existem características que tornam o reprodutor viável ou não ao uso da técnica. Assim, utilizando dois ou três touros, o inseminador tem disponível a informação da porcentagem de sucesso de cada um deles ao final da IATF.
Agener União/Tecnopec
A Tecnopec é uma empresa nacional que trabalha com hormônios para IATF. O grupo foi comprado pelo laboratório Agener União e agora passa a ser uma linha de produtos, conforme explicou o médico veterinário Carlos Sanchez, responsável pela assessoria da Tecnopec. “Nós temos um nome forte e consolidado no país, por isso passamos a ser a linha de hormônios para IATF do Laboratório Agener União”, afirma Sanchez.
Fonte: José Luiz Alves Neto/Rural Centro