05 Jan 2011

Além dos insumos, máquinas e equipamentos que dão maior eficiência ao sistema de produção, técnicas utilizadas também ajudam o agropecuarista a conquistar estatísticas mais condizentes com seu negócio. Para aproveitar melhor o espaço livre dentro da fazenda, os procedimentos variam, desde integração lavoura-pecuária-floresta, que torna maior o rendimento da mão de obra e dissolve os riscos inerentes às atividades, até o uso da Inseminação Artificial por Tempo Fixo, a IATF, que aumenta a eficiência na estação de monta no caso da pecuária de corte.

 

 

Como afirmou o presidente da Associação dos Produtores de Novilho Precoce do Mato Grosso do Sul, a Novilho Precoce MS, Alexandre Scaff Raffi, não é mais possível esperar cinco anos para vender o boi. Raffi afirma que, atualmente, só tem sucesso quem consegue ligar a produção à tecnologia.

 

 

Para tanto, procedimentos como o da IATF já são bem usados por pecuaristas. A técnica consiste em sincronizar o cio das vacas da fazenda e obter prenhezes num período mais curto de tempo. De acordo com Renato Valentim, médico veterinário da Tecnopec (empresa especialista na aplicação da IATF), o gargalo do manejo reprodutivo é justamente a observação de cio. Pela utilização da inseminação artificial por tempo fixo, o produtor consegue agendar toda a estação de monta.

 

 

No auxílio à produtividade agrícola, a ILPF, Integração lavoura-pecuária-floresta, consegue distribuir os lucros do produtor rural ao longo da temporada por integrar sistemas isolados tanto de agricultura quanto de pecuária. O processo possibilita, ainda, recuperar áreas ambientais e de pastagens degradadas, mantendo a fertilidade do solo. Essa prática é apoiada pelo presidente da Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas, Reflore MS, Júnior Ramires. “Hoje existe um trabalho de pesquisa desenvolvido pela Embrapa que dá suporte e orientação aos produtores que quiserem começar a praticar a integração lavoura-pecuária-floresta”, explica Ramires.

 

 

Outra prática cada vez mais comum é a agricultura de precisão. O agricultor tem que conhecer suas terras e identificar a variabilidade espacial, ou seja, observar que o seu terreno não está produzindo de maneira uniforme. As palavras são do pesquisador Ricardo Inamasu, da Embrapa Instrumentação. “Há uma preocupação e um esforço pela pesquisa em trabalhar olhando o futuro”, lembra Inamasu.

 

 

Sobre o rendimento de áreas, o pesquisador explica que existe um limite físico e biológico, mas que o Brasil está longe de alcançá-lo. “Evidentemente que, para continuar aumentando a produção, é necessário aumentar o uso de insumos. O que é fundamental, porém, é a necessidade de a atividade agrícola ser sustentável. Nesse sentido, o uso de tecnologias como agricultura de precisão é fundamental”, opina Inamasu.

Fonte: José Luiz Alves Neto / Rede Rural Centro



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