Um hectare pode render muito mais

20 Jun 2011

Na última sexta-feira a Estância Anna Sophia, a 50 km de Cuiabá no sentido Rondonópolis, recebeu mais de 300 pessoas para o dia de campo “Um hectare pode render muito mais”. Profissionais e produtores ouviram palestras sobre adubação e reforma de pastagens, sistema silvipastoril (integração entre pastagens para pecuária e silvicultura de teca) e ainda criação de boi de ciclo curto, abatido com até 2 anos.

O presidente da Famato, Rui Prado, atentou para o número crescente de silvicultores, mas que ainda é inexpressiva a quantidade que integra a lavoura de floresta com pastagens para pecuária.

Foto: Rui Prado, presidente da Famato, e Arno Schneider, proprietário da Estância Anna Sophia.

Depois da recepção, os participantes foram divididos em dois grupos que foram a campo para as apresentações sobre adubação de pastagens, na tenda ocupada pelo consultor e zootecnista Adilson Aguiar, e sobre integração silvipastoril, onde a palestra era feita pelo proprietário Arno Schneider.

Adubação de pastagens

O consultor Adilson Aguiar atentou que a adubação deve ter como objetivo fazer com que 12 quilos de matéria seca produzam um quilo de peso vivo por animal. Aguiar disse que o programa de adubação tem as seguintes etapas: escolha da área, medição e mapeamento, coleta de amostras para envio ao laboratório, interpretação dos dados e execução do programa, já com as metas estabelecidas.

O zootecnista pela Fazu (Faculdades Associadas de Uberaba) chamou atenção para a correção da pastagem. “O alumínio é um fator limitante para o crescimento do sistema radicular das plantas. Então você avalia se aplica o gesso agrícola, que neutraliza o alumínio e carrega consigo o calcário para até 30 cm abaixo da superfície após um ano de sua aplicação”, explicou.


Sistema Silvipastoril

Enquanto isso, o pecuarista e silvicultor Arno Schneider falava sobre sua experiência em integrar o gado em pastagens na área ocupado pela teca, espécie de árvore cuja madeira é utilizada nas indústrias para, principalmente, fabricação de móveis.

“Vale lembrar que em um hectare de pastagem, somente 20% dessa área será efetivamente ocupada pela árvore”, afirmou Schneider. Após explicar que a teca é uma alternativa de renda e não substituição à pecuária, o proprietário brincou: “Se vocês saírem daqui pensando que dinheiro dá em árvores, então meu objetivo foi cumprido”, referindo-se à renda de 100mil reais por hectare que a teca pode render em um prazo de 30 anos, quando a árvore está em seu nível de maturação ideal para a indústria.

 

A Estância Anna Sophia possui 4000 cabeças de gado e 150 hectares que integram pasto e teca. As árvores mais antigas já estão com 11 anos e podem ser colhidas a partir do 15° ano.

Boi de ciclo curto

Na volta para a tenda principal do evento, o zootecnista Adilson Aguiar explicou os procedimentos que o pecuarista tem de estar atento para transformar seu boi de ciclo padrão para o ciclo curto, quando é abatido com até dois anos. O zootecnista falou sobre a importância da suplementação, investimentos em genética, ambiente e manejo como fatores de encurtamento do ciclo de reprodução e abate dos animais. 

Fonte: José Luiz Alves Neto / Rede Rural Centro



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