24 Sep 2011

A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater) recebeu, nesta sexta-feira (23), proposta de parceria do Instituto Açaí para atuar em conjunto no projeto Central do Açaí, que visa a melhoria da qualidade de vida dos produtores rurais do fruto dos onze municípios compreendidos na região do Baixo Tocantins, nordeste do Pará.

“Estamos conversando com vários órgãos governamentais para podermos viabilizar a execução desse projeto, que busca o desenvolvimento social, econômico e ambiental do município de Igarapé-Miri e entorno”, disse o idealizador do Central do Açaí, Armando da Costa e Silva. O projeto está orçado em R$ 25 milhões.

Técnicos da Emater que trabalham nos municípios que estão contemplados na área de abrangência do Central do Açaí ouviram com atenção a proposta do instituto. O projeto prevê a implantação de uma unidade de reaproveitamento de todos os elementos que compõem o fruto – o açaí para polpa, o próprio palmito e os resíduos de ambos –, usando casca e caroço para a confecção de adubo, ração e carvão.

 

Para a coleta da matéria-prima, o trabalho será em união com as cerca de 60 cooperativas dos municípios, entre cooperados e associações.

Segundo o diretor técnico da Emater, Humberto Reale, a preocupação da empresa está em inserir o pequeno agricultor, ainda não cooperado, nesta atividade socioeconômica. “Não podemos esquecer as comunidades tradicionais, como os quilombolas e ribeirinhos, que habitam a área do Baixo Tocantins e já são atendidos pela empresa, recebendo assistência técnica e extensão rural. Vamos estudar a proposta e futuramente teremos outras reuniões", disse.

A preocupação de Humberto é valida, segundo Thicyana Nunes, uma das diretoras do projeto. Ao público trabalhado serão oferecidas capacitações, certificações, benefícios sociais, inclusão social e lucratividade. Na área social, a preocupação com o produtor de açaí está para o período da entressafra, para que ele não abandone o projeto. “Vamos incentivar a piscicultura, o cultivo de horta e a produção de outras frutas”, reforçou. A ideia é chegar a um produto final que tenha como base o açaí, para atender mercados nacionais e internacionais.

O projeto Central do Açaí atenderá, principalmente, os municípios de Igarapé-Miri, Cametá, Abaetetuba e Moju. A sede ficará situada na rodovia PA-407, conhecida como a Rodovia do Açaí, onde já está implantada a Cooperativa dos Produtores de Frutas da Vila de Maiauatá (Coopfruma). “Acreditamos que um dos maiores obstáculos será para a construção civil do projeto, estimada em R$ 9 milhões. Para todo o resto temos solução. Por isso a importância de parceiros como a Emater e o governo do Estado”, finalizou Armando da Costa e Silva.

Fonte: Governo do Pará



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