Ambiente para o milho tende a ser hostil no segundo semestre

20 Mar 2012

O mercado internacional do milho vive situações bastante contraditórias entre o curto e o longo prazos. Esta análise procura entender os impactos pelos quais o Brasil pode passar diante do cenário atual.

O que pôde ser observado nos últimos 30 dias foi uma forte valorização nos preços futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago. A queda na produção sul-americana, aliada a uma demanda firme pelo produto norte-americano, tem justificado o ciclo atual de alta nos preços do cereal.

A demanda exportadora dos Estados Unidos tem ajudado a reduzir os já apertados estoques de passagem na América do Norte. A expectativa de que a China também venha a demandar volume maior de milho norte-americano tem estimulado os investidores a apostar na alta dos preços.

No entanto, o cenário atual de contínuas valorizações reflete um quadro de curto prazo, onde há aperto de estoques nos Estados Unidos. No longo prazo, o cenário já se mostra diferente.

Com a expectativa de crescimento na área plantada com milho em território norte-americano na safra 2012/13, espera-se que os estoques de passagem sejam maiores no segundo semestre. Por essa razão, os preços futuros do milho com vencimento no longo prazo apresentam-se menores do que os preços praticados no curto prazo.

Estamos claramente diante de um mercado invertido. O contrato para setembro próximo, negociado na Bolsa de Chicago, apresenta-se 10% inferior ao preço do contrato para maio deste ano. A diferença é ainda maior (quase 15%) quando a mesma comparação é feita entre o contrato de dezembro e o de maio.

A expectativa de preços menores para o milho no mercado internacional no segundo semestre não é favorável ao Brasil. A segunda safra brasileira tem todos os requisitos para alcançar volume recorde neste ano.

A área plantada deverá superar o patamar de 6,5 milhões de hectares, que, em condições normais de clima, propiciaria volume de produção superior a 26 milhões de toneladas.

 

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Fonte: Famato



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